Maputo, 05 Jul (AIM) – O porto de Maputo é o maior operador portuário de ferro cromo produzido na vizinha África do Sul, em trânsito para o mercado internacional, com uma cota de 50 por cento do minério produzido naquele país vizinho, que representa 70 por cento do mercado mundial.
A informação foi avançada hoje, em Maputo pelo director-geral da Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC), Osório Lucas, durante a inauguração de dois novos guindastes móveis portuários (MHCs), um investimento que constitui um passo significativo para a melhoraria da sua eficiência operacional.
Trata-se de guindastes Liebherr LHM 550 de última geração, com uma capacidade individual para o manuseamento de 144 toneladas, que vão reforçar a actual frota de quatro que existem no porto, abrindo caminho para uma maior capacidade de movimentação de carga geral e a granel.
“Se olharmos para o cromo, que é a carga mais importante para o porto de Maputo, neste momento temos uma cota no mercado equivalente a 50 por cento de todo o cromo produzido na África do Sul”, disse o timoneiro do MPDC.
No entanto, chama atenção para a necessidade da remoção de alguns obstáculos que limitam o funcionamento eficiente da fronteira de Ressano Garcia.
Aliás, arrancaram este semana, na zona de Pessene, ao longo da Estrada Nacional número 4 (N4), as obras de construção de um parque de gestão de tráfego que tem por objectivo aumentar a capacidade de recepção de carga no porto de Maputo.
Concluída esta fase, o próximo passo consiste na penetração de outros mercados, incluindo o Zimbabwe, o que pressupõe transporte ferroviário, uma vez que, contrariamente a África do Sul, não existe uma estrada que liga os dois países. Por isso, existe uma solução a vista através do Plano Director integrado com os Caminhos de Ferro de Moçambique.
O MPDC aponta como outro desafio às operações portuárias a necessidade de garantir a alimentação ininterrupta do porto de Maputo. Como exemplo, aponta o congestionamento de camiões de carga na fronteira de Ressano Garcia que força os navios a ficarem ancorados enquanto aguardam a pela carga retida na estrada.
“A questão de mobilidade na N4 é o desafio imediato. O segundo desafio é a formação do pessoal de apoio para o manuseamento eficaz das máquinas”, disse.
Segundo a fonte, com a introdução de dois novos guindastes móveis portuários, um investimento orçado em 25 milhões de dólares, o porto de Maputo e seus terminais esperam aumentar o manuseamento para 29 milhões de toneladas por ano.
Os novos equipamentos estarão posicionados nos cais 6, 7 e 9, cuja reabilitação e expansão foi concluída em 2022, e que têm profundidades que variam de 15,2 a 16 metros.
(AIM)
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