
Maputo, 05 de Jul (AIM) – O ministro de Transportes e Comunicação, Mateus Magala, considera que a melhor solução para o descongestionamento de tráfego no corredor logístico de Maputo passa pela combinação do transporte ferroviário e rodoviário para os minérios oriundos da vizinha África do Sul em trânsito para os mercados de exportação.
Actualmente, o tráfego ao longo da Estrada Nacional número 4 (N4) é caracterizado por um movimento intenso de camiões de carga vindos da África do Sul.
Segundo o ministro, a combinação deverá ser auxiliada com parques de gestão de tráfego rodoviário, ampliação da N4, bem como a maximização da eficiência do porto seco de Ressano Garcia.
Neste momento, o porto seco enfrenta constrangimentos por não ter uma estrada directa que liga com a parte sul-africana a partir do quilómetro 7, que permitiria o desvio da carga da fronteira de Ressano Garcia.
“No caso específico da N4, a nossa abordagem é olhar para soluções inovadoras que permitam a estabilização imediata da situação enquanto trabalhamos para soluções a longo prazo”, disse Magala, hoje em Maputo, durante a inauguração de dois novos guindastes móveis portuários (MHCs).
“Mas entendemos que a solução é o transporte intermodal”, acrescentou.
O novo equipamento vai melhorar significativamente a eficiência operacional do porto de Maputo.
O ministro garantiu que, brevemente, o Executivo irá anunciar novas medidas, que estão sendo elaboradas com o governo sul-africano, que vão melhorar a dinâmica da fronteira de Ressano Garcia, através da sua transformação para uma infra-estrutura moderna e de paragem única.
“Sem querer alimentar expectativas, dentro em breve, vamos anunciar o que temos vindo a fazer para revolucionar a fronteira de Ressano Garcia, para a tornar moderna e de paragem única e com uma eficiência jamais vista”, anunciou o ministro.
Reconheceu que o congestionamento na N4 é um indicador de que ainda há muito trabalho por fazer para assegurar uma cadeia logística fluida e eficiente. A expectativa é que todos os intervenientes do Corredor de Maputo, incluindo rodoviários ou ferroviários, estejam alinhados para superar desafios que enfrentam.
“O alinhamento estratégico e a coordenação de esforços entre diferentes intervenientes, tais como Caminhos de Ferro de Moçambique, Alfândegas, Migração e o sector privado que intervêm a nível do corredor garante uma maior fluidez do fluxo de mercadorias, reduzindo custos e melhorando a competitividade”, disse o ministro.
Referiu que, o sector dos transportes e comunicações definiu a logística e a reestruturação dos corredores de desenvolvimento como uma das cinco prioridades da actual governação em reconhecimento ao enorme potencial para tirar maior proveito dos corredores como vias de trânsito de mercadorias.
(AIM)
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