Maputo, 06 Jul (AIM) – A ministra dos combatentes, Josefina Mpelo, destacou, na manhã desta quinta-feira (06), o papel e a coragem imprescindíveis das mulheres na luta de libertação nacional contra o colonialismo português, que culminou com a independência de Moçambique.
Segundo a ministra, falar das veteranas das lutas de libertação na África Austral é falar da mulher incansável, mulher batalhadora, que dia e noite luta para o bem-estar da sua família, da sociedade e da Pátria em geral.
Mpelo, falava na abertura da reunião regional, intitulada “ Sua história: veteranas das lutas de libertação na África Austral, que decorre em Maputo.
“Quero destacar o engajamento e a participação activa das mulheres no projecto da libertação da terra e dos homens, iniciaram o processo de edificação do Estado moçambicano, do resgate da nossa liberdade e do orgulho de tornarmos esta terra de nossos antepassados e herança das futuras gerações, livre da opressão colonial”, disse.
Josina Machel, Meekulu Mukwahepo, Winnie Mandikizela Mandela, Joyce Nhongo Mujuru, Deolinda Rodrigues são alguns nomes que, segundo a ministra, se destacaram pelo seu engajamento nas lutas de libertação, ao integrarem as primeiras fileiras de treinamento e inserção no exército, no país e na região da África Austral.
Josefina Mpelo considerou o evento um espaço privilegiado para transmitir o legado histórico às novas gerações para que estas possam usar este conhecimento inestimável para promover a coesão regional, combater o racismo, a intolerância e a xenofobia alimentada, no passado, pelos regimes coloniais e fascistas em nossos países.
Por sua vez, o representante e chefe do escritório da UNESCO, Paul Gomis, ressaltou a importância de os jovens conhecerem a sua história, pois, segundo ele, a identidade irá permitir um melhor posicionamento dos países face aos novos desafios, incluindo tecnológico.
Para Gomis, a conferência constitui um espaço de reflexão, discussão e partilha de experiências com vista a desenhar estratégias de como avançar de maneira estrutural e frutífera no país e no continente.
“Servirá, igualmente, para reflectir sobre como posicionar-nos, como vamos trabalhar e cooperar com outros parceiros”, disse.
Já a ministra de Informação, Publicidade e Serviços de Radiodifusão de Zimbabwe, Mónica Mustvangwa, disse que um dos objectivos do evento é a eliminação da xenofobia ao nível da região e garantir a irmandade entre os povos.
“O povo moçambicano é amigo. Teve um papel preponderante para o alcance da independência de Zimbabwe”, recordou.
(AIM)
Samuel Nhamurave (SNN)/dt