Maputo, 12 Jul (AIM) – O índice de cobertura efectiva dos serviços essenciais de saúde em Moçambique é de 47 por cento, equivalente a quase metade da população, revelam as estatísticas apresentadas hoje (12) pelo ministro da Saúde, Armindo Tiago.
Adicionalmente, de acordo com o governante, a percentagem das famílias moçambicanas que dedicam mais de 10 por cento do seu rendimento ou consumo à Saúde (o que é designado despesa catastrófica em saúde) é de 1,6 por cento.
“Estes dados colocam Moçambique com um melhor desempenho em relação aos países da região, embora ainda abaixo da média global”, disse o ministro, na manhã desta quarta-feira (12), durante a abertura do Diálogo Nacional Sobre Financiamento em Saúde para a Cobertura Universal, um evento de dois dias em curso na Maputo.
Sublinhou que este desempenho positivo de Moçambique deve-se às características do acesso universal ao Serviço Nacional de Saúde, bem como aos baixos custos de acesso para o utente.
Na ocasião, o governante disse que, actualmente, Moçambique sofre o peso triplo da doença, caracterizado pela alta incidência das doenças infecciosas, doenças crónicas não transmissíveis e trauma.
“A transição epidemiológica em curso, o crescimento populacional e a rápida urbanização demandam a expansão do sistema de saúde e o aumento da complexidade dos serviços”, disse, acrescentando que, por exemplo, a natureza crónica das doenças cardiovasculares, do cancro e da diabetes implicam custos elevados para o sistema.
Por isso, disse governante, “os aumentos da cobertura e da capacidade técnica dos serviços de saúde requerem um investimento urgente”.
Com relação ao Diálogo Nacional Sobre Financiamento em Saúde para a Cobertura Universal, Tiago disse que o governo moçambicano pretende partilhar estratégias para aumentar recursos domésticos para a saúde.
“Pretendemos também engajar os principais actores para a mobilização de financiamento sustentável para a saúde, com vista ao alcance da cobertura universal”, acrescentou.
(AIM)
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