Durban (Africa do Sul), 13 Jul (AIM) – O ministro do Interior sul-africano, Bheki Cele, diz que os ataques a camiões de carga podem estar relacionados a negócios e não apenas a actos aleatórios de criminalidade.
Segundo Cele, as evidências apontam para “operações organizadas, coordenadas e sofisticadas” que buscam minar e sabotar o Estado.
Cele dirigia-se a nação, juntamente com outros quadros seniores da polícia, para dar a conhecer os planos da polícia face aos actos de violência contra camiões de carga nas províncias de KwaZulu-Natal, Limpopo, Mpumalanga e Gauteng.
“Seja sabotagem económica ou disputas de trabalho ou prestação de serviços, a polícia está se aproximando daqueles que optam por usar a violência e intimidação por qualquer motivo”, disse.
Segundo o ministro, os serviços de inteligência identificaram 12 pessoas que estão espalhadas pelo país principalmente em KwaZulu-Natal e Mpumalanga.
Acrescentou que enquanto os ataques do Limpopo podem estar ligados à prestação de serviços nessa área, os de Mpumalanga e KwaZulu-Natal são claramente coordenados e organizados.
Cele disse que nove camiões foram atacados desde domingo em KwaZulu-Natal , mais nove queimados em Mpumalanga e três em Limpopo.
Cele disse ainda que a polícia está investigando 107 casos em KwaZulu-Natal relacionados ao incêndio de camiões desde 2018.
O ministro disse que não há evidências que sugiram que os recentes ataques estejam ligados à distúrbios de Julho de 2021.
“Gostaria de aproveitar esta oportunidade para aliviar que não vai se repetir qualquer intranquilidade como aconteceu em Julho de 2021”, disse Cele.
Disse que o plano de acção já está em andamento e a polícia permanece em alerta máximo e aumentou o efectivo, garantindo patrulhas regulares para as principais rotas de alto risco.
Segundo o jornal TimesLIVE, O comissário nacional de Polícia, Gen Fannie Masemola, disse que houve vários vídeos que os especialistas estão analisando e serão usados como evidência para capturar os indivíduos que atacaram os camiões.
De acordo com os comissários provinciais das províncias afectadas, alguns dos camiões alvos estavam vazios enquanto outros transportavam cromo, carvão, maçãs e laranjas.
O número total de camiões de carga queimados subiu para 21 em quatro dias.
(AIM) TimesLIVE/ZT/mz