Maputo, 13 Jul (AIM) – O Presidente da República, Filipe Nyusi, aponta progressos significativos registados no sector de saúde ao longo dos últimos sete anos em Moçambique, particularmente um aumento de 16 por cento no número de unidades sanitárias, que subiu de 1.534 em 2015, para 1.779 em 2022.
No mesmo período (2015-2022), 33 por cento dos 154 distritos existentes no país passaram a dispor de um hospital distrital, uma evolução significativa para o alcance da meta do acesso universal de saúde até 2030, em linha com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.
O Chefe do Estado partilhou os dados hoje, em Maputo, na cerimónia de abertura da Conferência de Investimentos em Infra-estruturas de Saúde, no quadro da aceleração da implementação da iniciativa presidencial, “Um Distrito, Um Hospital”, um evento que contou com a presença do director geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.
“De 2015 à 2022, numa altura de maior crise fiscal, conseguimos aumentar o número de unidades sanitárias em 16 por cento, o que mostra o enorme desafio que se coloca ao governo”, disse Nyusi.
Aliás, disse Nyusi, foi na base do compromisso de melhorar o acesso universal a saúde que o Executivo avançou com a iniciativa “Um Distrito, Um Hospital”, por forma a acelerar a construção de infra-estruturas, tendo como meta o estabelecimento de 60 hospitais distritais, ou seja cerca de 40 por cento, até finais de 2024.
Como resultado, o governo destaca a redução de morbidade por doenças parasíticas e infecciosas, como a malária, cólera e o HIV/SIDA. No mesmo período, regista-se um aumento no acesso a água potável dos 38,9 por cento para 56 por cento nas zonas rurais, e 80 por cento para 83 por cento nas zonas urbanas.
Referiu que o país possui actualmente 1.779 unidades sanitárias, 18.579 enfermeiros, 2.892 médicos, dos quais 24 por cento trabalham nas unidades sanitárias das zonas rurais, onde se encontra a maioria da população.
“O rácio de profissionais de saúde melhorou 9,9 por cento por mil habitantes para 12,9 por cento. Actualmente, Moçambique pertence a lista de 10 países que reduziu significativamente a mortalidade materno-infantil”, vincou.
Salientou que o governo continua a apostar na saúde, pois é o mesmo que investir na estabilidade e como um princípio constitucional. Aliás, onde não há saúde não há condições e nem ambiente para um clima de paz.
Apesar dos avanços registados, o Executivo reconhece que o país em muitos indicadores continua a apresentar rácios abaixo dos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Como exemplo citou o número de camas nos hospitais, rácio entre o número de unidades sanitárias e habitantes, rácio entre o número de profissionais de saúde, médicos e enfermeiros, entre outros.
Perante o quadro que classifica de desafiador, Nyusi lançou um apelo aos parceiros de saúde para se juntarem aos esforços do governo no sentido de melhorar o cenário.
(AIM)
PC/sg