Maputo, 14 Jul (AIM) – A Organização Mundial da Saúde (OMS), instituição que superintende a saúde a nível global, garantiu que vai apoiar Moçambique em matérias de cuidados de saúde, sobretudo no acesso aos hospitais.
A garantia foi dada, esta Sexta-feira (14), na província de Maputo, sul do país, pelo director-geral da Organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no final da sua visita, de dois dias, ao país.
Tedros defende a eliminação de encargos financeiros nos hospitais para permitir o acesso aos cuidados de saúde aos cidadãos.
“Nós, OMS, garantiremos o apoio financeiro à área dos cuidados de saúde, especialmente o acesso aos hospitais, porque as infra-estruturas por si só não servem para nada se as pessoas não puderem ter acesso. E isso só pode ser garantido com a eliminação dos encargos financeiros, para aceder aos hospitais”, disse.
No país, 49 dos 154 distritos possuem um hospital distrital, e até finais de 2024, através da iniciativa presidencial “um distrito, um hospital”, pretende-se alargar este número para 60.
“Então, como OMS, vamos continuar apoiando tecnicamente a realizar este objectivo, ambição, e também iremos mobilizar apoio para realizar esta ambição”, vincou Ghebreyesus.
O responsável máximo da OMS prometeu também enviar uma equipa de peritos para o país, que vai trabalhar com a contraparte moçambicana no desenho de um modelo de financiamento aos serviços de saúde.
“Vamos apoiar o governo a fazer estudos para tornar sustentáveis esses serviços. Eu falei com o presidente sobre o envio de uma equipa de peritos a Maputo para trabalhar com os profissionais de Moçambique, com vista a desenhar o modelo necessário para o financiamento aos serviços de cuidados de saúde”, disse.
Exortou ainda sobre a importância de “educar as comunidades sobre saúde e nutrição, olhando inclusivamente para as consequências do consumo do álcool, tabaco, para se encontrar hábitos mais saudáveis de vida” e garantiu “trabalhar com o governo neste sentido. Mas tudo isso depende do povo moçambicano. Cada um deve fazer a sua parte para que tenhamos uma sociedade saudável e próspera”.
Na ocasião, sem avançar datas, o vice-ministro da Saúde, Ilesh Jani, revelou que a proposta de construção do Hospital Distrital de Boane está em cima da mesa, aguardando por resposta dos financiadores.
“O Hospital Distrital de Boane é uma das infra-estruturas que consta da lista que está a ser negociada na nossa conferência de infra-estruturas do sector de saúde. Há já passos que foram dados na negociação”, disse.
“Nós temos valores que calculamos consoante a dimensão de cada hospital. Neste momento, estamos a trabalhar com hospitais distritais de três tipos: hospitais distritais com 50, 100 e 150 camas. Cada um deles tem um valor previsto de construção e equipamento. Portanto, são esses valores que estamos a discutir com os nossos parceiros de cooperação”, concluiu.
(AIM)
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