Maputo, 15 Jul (AIM) – Pelo menos duas pessoas foram detidas esta semana pelas autoridades sul-africanas, em Mpumalanga, em conexão com o incêndio de camiões que abala a república vizinha de Moçambique.
Outras nove estão a ser interrogadas, em KwaZulu-Natal, também na África do Sul.
Na província de Mpumalanga, onde foram incendiados nove camiões, uma equipa multidisciplinar afirma a detenção de dois suspeitos.
Destes, um foi preso numa fazenda, em Piet Retief, presumindo-se ser o mesmo que aparece, num vídeo a render um motorista e a incendiar um camião.
O segundo foi detido na zona de Ermelo. Os dois vão responder pelos crimes de danos à propriedade alheia e assalto à mão armada.
Há indicações de que os dois detidos também sejam condutores de camiões, o que reforça a ideia de “guerrinhas” internas no seio da classe.
Já na província de KwaZulu-Natal, o governo local diz que nove pessoas estão a ser interrogadas suspeitas de participação no incêndio de camiões.
Nesta província, um motorista foi baleado após recusar abandonar o camião que depois foi incendiado.
No entanto, o governo provincial de Kwazulu-Natal não conseguiu aferir se as nove pessoas fazem parte do grupo dos doze suspeitos referenciados como estando na mira da polícia pelo ministro sul-africano do Interior, Bheki Cele.
A Polícia garante que continua a levar acabo operações de rastreamento de suspeitos de envolvimento no incêndio de um total de 21 camiões, nas províncias de Kwazulu-Natal, Limpopo e Mpumalanga.
A maior parte dos camiões incendiados fazia o transporte de carvão e cromo.
Uma organização agrícola, denominada Agri SA, veio a público alertar que o incêndio de camiões é um ataque terrível a economia sul-africana e um risco sério à segurança alimentar.
(AIM)
Fernanda da Gama (FG)/mz
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