Maputo, 17 Jul (AIM) – As unidades sanitárias nacionais têm vindo a atender, nos últimos tempos, pouco mais de 17.782 habitantes por hospital, equivalente a quase o dobro do número de pacientes recomendados internacionalmente (cerca de dez mil habitantes por unidade sanitária).
A informação consta de um estudo da ThinkWell, uma organização que actua no sector da saúde, divulgado na última semana, em Maputo, durante um Painel de Alto Nível sobre o Financiamento da Saúde para a Cobertura Universal.
Outra dificuldade apontada pelo mesmo estudo é a distância média percorrida pelo cidadão moçambicano para aceder a uma unidade sanitária que é de 12 quilómetros, duas vezes acima do recomendado de cinco a sete quilómetros.
Do documento constam ainda as dificuldades relacionadas à falta de profissionais qualificados, bem como equipamentos.
A nível dos recursos humanos, constata-se de pessoal qualificado para a prestação de serviços de saúde nas unidades sanitárias, cuja proporção é de 12 profissionais para 10 mil habitantes, contra 25 para 10 mil habitantes.
Em relação ao equipamento, “11 por cento das unidades sanitárias primárias tinham todos os equipamentos básicos e 74 por cento tinham, em média, quatro a cinco dos seis considerados básicos”.
No estudo existem estimativas de redução, em média de 56 por cento, da mortalidade materna e infantil, redução das doenças não transmissíveis, aumento da capacidade de acesso aos serviços de saúde essenciais.
(AIM)
CC/dt