Quelimane (Moçambique), 18 Jul AIM – As autoridades dos serviços migratórios, na província central moçambicana da Zambézia, recusaram a entrada de 15 estrangeiros, através do posto fronteiriço de Milosa, no distrito de Milange, com o Malawi, no primeiro semestre do ano em curso.
Trata-se de nove malawianos, dois ruandeses, igual número de britânicos, um americano e um paquistanês.
Os dados constam do balanço do desempenho operativo dos serviços migratórios na Zambézia, referente aos primeiros seis meses do ano em curso, tornado público esta terça-feira (18), à jornalistas, em Quelimane, a capital provincial.
Segundo o porta-voz da Direcção Provincial de Migração, Reginaldo Massorongo, pesou contra os visados a falta de comprovativos plausíveis de meios de sobrevivência e dos termos de responsabilidade no país.
“Através do posto de travessia de Milosa, distrito de Milange, com o Malawi, foi recusada a entrada de 15 cidadãos estrangeiros, por diversas irregularidades”, disse a fonte, em conferência de imprensa.
O balanço indica ainda que, cumulativamente, 65.341 pessoas cruzaram a linha de fronteira, contra 22.390 de igual período do ano passado, traduzindo-se num aumento na ordem de 66 por cento.
Especificando, a fonte disse que, durante o período em referência, o sector registou 14.254 entradas e 15.013 saídas de nacionais.
As autoridades migratórias abortaram, igualmente, um esquema de transporte clandestino de imigrantes e, neste contexto, 137 cidadãos estrangeiros foram retidos, devido à inobservância de algumas formalidades legais.
Ainda sobre infracções migratórias, a fonte disse que o sector registou 239 casos, contra 292, traduzindo-se numa redução de 18 por cento.
Anotou que estes resultados são indicativos de que o sector está a apertar o cerco, no sentido de os infractores começarem a regularizarem a sua situação para poderem garantir a sua permanência no país.
Adicionalmente, segundo Massorongo, o sector reteve 144 estrangeiros, contra 140 reportados em 2022.
No mesmo periodo, foram igualmente repatriados 84 cidadãos de diferentes nacionalidades em conexão com crime de imigração ilegal.
“Recebemos também nove cidadãos moçambicanos idos de Malawi, por cometimento de crimes de natureza diversa naquele país”, revelou.
O porta-voz contou que a instituição procedeu ao acompanhamento de um congolês e um zimbabweano através do ponto aéreo de Nampula e pela travessia de Machipanda, na província de Manica.
“Igualmente, foram emitidos 5.251 documentos para fins diversos contra 4.437”, disse.
Na sequência da campanha de registo de requerente de asilo que decorre naquela urbe, um cidadão está sob custódia para peritagem dos serviços de investigação criminal, por posse de um cartão de refugiado supostamente falso.
“Porque percebemos que é uma onda que está a ganhar muito espaço na província, há toda uma necessidade de aferir outras diligências com vista a desmantelar a rede pela raiz ”, disse Massorongo.
(AIM)
Lopes Obadias/dt