Maputo, 19 Jul (AIM) – A Estratégia Africana para a Revolução Verde (AGRA) dispõe de quase 28 milhões de dólares para apoiar cerca de dois milhões de famílias de pequenos produtores moçambicanos nos primeiros cinco anos de actividade.
O representante da AGRA, em Moçambique, Paulo Mole, disse que com a presente iniciativa pretende-se melhorar a vida de pequenos produtores, com especial enfoque para jovens, financiando e dando-lhes assistência para que a sua actividade se torne uma fonte de renda.
“Um dos objectivos da presente campanha é dar poder aos jovens para que criem suas próprias empresas e, por seu turno, empregar outros jovens no sector agrário”, disse Mole.
A informação foi avançada esta terça-feira (18), em Maputo, no âmbito do lançamento oficial da estratégia da AGRA em Moçambique (2023-2027).
A fonte disse ainda que a estratégia traz alguns aspectos novos como temáticas relativas a resiliência às mudanças climáticas e integração da componente nutrição e sementes de modo a garantir uma produção de qualidade.
AGRA dedica-se às culturas de milho, soja, mandioca e arroz. Mas para assegurar o sustento dos produtores, ao longo do ano, equaciona intervir na horticultura.
“Vamos capacitar os pequenos agricultores em práticas que enriquecem e fertilizam os solos e uso de semente melhorada, tornando assim a agricultura uma fonte de renda”, vincou.
AGRA trabalha nos corredores da Beira, e Vale do Zambeze, centro de Moçambique, e, na presente estratégia, vai alargar as actividades ao corredor Pemba-Lichinga, norte do país.
Com a participação de alguns parceiros, a estratégia poderá chegar aos corredores de Limpopo e Maputo, sul do país.
Por seu turno, a secretária permanente do Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER), Dárcia Nhancale, disse que o trabalho coordenado com AGRA permitiu a formação de 2.275 empreendedores rurais abrangendo mais de 874 mil pequenos produtores.
“Apoiou, igualmente, 32 grossistas de insumos, 1.758 retalhistas de insumo, facilitando, desta feita, a venda de diversos produtos através de mercados estruturados”, referiu Nhancale.
Destacou que a parceria público-privada contribui para a produção de 3.751 toneladas de sementes, das quais 441 toneladas de primeira geração.
(AIM)
SNN/mz