Maputo, 18 Jul (AIM) – Moçambique é alvo de cerca de 1,5 milhão de ataques cibernéticos por mês, uma cifra que coloca no grupo dos países mais vulneráveis do mundo.
Os ataques incluem fraude pelo telefone, internet ou e-mail, roubo de dados e extorsão cibernética.
A informação foi avançada na manhã de hoje (18) em Maputo pelo director geral do grupo tecnológico BRAVANTIC, Eduardo Vicente falando durante a Cimeira de Cibersegurança Moçambique-2023.
Vicente diz que o país é extremamente vulnerável nesta matéria, razão pela qual urge trabalhar no reforço da segurança e resiliência cibernética.
“Somos um país muito vulnerável. Ainda não temos maturidade suficiente para consolidar alguns passos, é preciso implementar a cibersegurança e a ciber-resiliência”, advertiu.
Explicou que os ataques resultam da transformação digital no mundo inteiro. Lamenta a falta de estatísticas fiáveis devido a uma certa relutância de denúncia das empresas vítimas do fenómeno a nível interno.
“Existe um crescimento de ataques por causa da transformação digital. É pena que há empresas que são atacadas mas não disponibilizam essa informação por uma questão de imagem e políticas internas de divulgação”, disse.
Com relação aos ataques cibernéticos, que afectaram algumas instituições no último ano, a fonte afirma que “é importante que as instituições do Estado percebam que tem que haver investimento sério na parte de infra-estruturas”.
Vicente fala de um investimento de raiz, e não sobreposição ou continuidade no uso dos sistemas já violados.
(AIM)
CC/sg