Maputo, 20 Jul (AIM) – A contagem de plataformas offshore em África continua a registar crescimento desde o início do ano, com um total de 36 plataformas de perfuração contratadas, colocando 2023 como um dos maiores anos para a actividade de perfuração offshore no continente na última década.
Os dados sobre recentes extensões e de novos contractos de perfurações no sector de energia em África constam do relatório Offshore Rigs Tracker lançado recentemente pela Hawilti e Caverton Offshore Support Group (COSG) Plc.
O documento faz menção a Moçambique, através dos desenvolvimentos da Eni que está a perfurar um poço no Bloco A5-A da bacia de Angoche, ao largo da província de Nampula, zona norte, com resultados ainda por serem anunciados.
A Eni recebeu o contrato de concessão de exploração e produção em 2018, juntamente com os parceiros Sasol e Empresa Nacional de Hidrocarbonetos de Moçambique (ENH), como parte da quinta ronda de licitações do país.
Consta igualmente do relatório disponibilizado pela Energy Connects, a nova descoberta de gás natural no poço de exploração Bonito-1, em rochas de arenito, em Inhassoro, província de Inhambane, na região sul de Moçambique, feita há meses pela Sasol.
“O Instituto Nacional do Petróleo de Moçambique (INP) anunciou que a Sasol Mozambique (SMPT5-C) fez uma descoberta de gás natural, da formação Lower Grudja, na sequência da perfuração do poço de exploração Bonito-1“, refere o documento citando o anúncio feito pelas autoridades moçambicanas.
A Nigéria é apontada como tendo alcançado Angola com um total de oito perfuração offshore programadas para 2023, enquanto a petrolífera francesa TotalEnergies impôs-se este ano como o operador offshore mais activo em África, com um total de oito sondas mobilizadas ao longo de 2023, das quais três em Angola, duas na Nigéria, duas na Namíbia e uma na África Ocidental cujo destino ainda não foi definido.
Enquanto que a Shelf Drilling detém a maior participação de mercado da frota total de plataformas mobilizadas offshore em África subsaariana este ano, com seis unidades actualmente contratadas para Gana, Nigéria e Angola.
Segundo o relatório, novos contractos também foram concedidos pela Galp para perfurar dois poços offshore na Namíbia ainda este ano, e pela Shell para perfurar um wildcat offshore na Mauritânia até final de 2023.
“Com actual senda, é provável que qualquer nova descoberta forneça mais impulso para explorar as bacias africanas e tirar o melhor proveito do actual ciclo de alta dos preços do petróleo”, observou Mickael Vogel, director e chefe de pesquisa.
(AIM)