
Maputo, 22 Jul (AIM) – O Ministro da Saúde, Armindo Tiago congratula todos os médicos que continuam a atender os pacientes nas unidades sanitárias do país, ignorando a greve convocada pela Associação dos Médicos Moçambicanos.
O titular da pasta de Saúde expressou o seu sentimento sexta-feira (21), na cidade da Maxixe, na província meridional de Inhambane, durante o encerramento do 48° Conselho Coordenador do Ministério da Saúde, um evento de três dias.
Tiago reiterou a disponibilidade do governo para satisfazer as inquietações colocadas pela Associação dos Médicos de Moçambique.
“Queremos aqui enaltecer a todos os médicos que encontraram no diálogo a melhor forma de resolver os diferendos e estão neste momento nas diversas unidades sanitárias a prover os cuidados de saúde da nossa população e a de salvar vidas”, disse o ministro. “Esta és missão que reserva os profissionais de saúde”, acrescentou.
Frisou que o governo está e vai continuar a trabalhar para atender as questões justas de todos os profissionais de saúde, mas apenas no contexto das condições que o país pode oferecer.
Num outro desenvolvimento, o governante apelou a Inspecção de Saúde para apertar o combate a corrupção e casos de mau atendimento nos hospitais em todo o território nacional.
“Queremos acções enérgicas, não só de identificação e responsabilização em casos de corrupção, mas também na identificação de comportamentos desviantes e por ênfase na sua prevenção”, disse.
“Reiteramos neste Conselho Coordenador que no nosso seio não podemos permitir muito menos ser condescendentes com casos de corrupção, mau atendimento, negligência, indiferença, entre outras situações que beliscam a nossa missão”, acrescentou.
Face a emergência sanitária, o ministro diz que o país deve planificar melhor a prontidão, bem como o fortalecimento do sistema comunitário.
Destacou a importância de uma melhor planificação para garantir a prontidão e resposta às urgências no país através da operacionalização dos planos de acção, incluindo o plano para a eliminação da cólera e o plano multirrisco entre outros.
Apontou a necessidade de “manter as coberturas de intervenção em saúde controle de doenças nos mais altos níveis possíveis e intensificar as intervenções no âmbito do subsistema comunitário.
Aliás, disse o ministro, o investimento em curso no sector de saúde deve reflectir-se no melhor atendimento ao paciente.
Para o efeito, o Ministério da Saúde tem estado a fazer avultados investimentos na expansão e apetrechamento da rede sanitária em todo o país com equipamentos modernos, meios circulantes, mobiliário hospitalar e a alocação de recursos humanos.
“Queremos que estes investimentos reflictam na provisão de serviços onde o cidadão os procura e na redução de referência de doentes para hospitais maiores aumentando, deste modo, a competência de cada nível de saúde.
O governante salientou que nos últimos cinco anos foram providos 1.157 médicos de clínica geral e alocados 585 médicos especialistas, frisando que “de 2018 a 22 o subsistema público de saúde registou um crescimento em recursos humanos na ordem de 17 por cento”.
(AIM)
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