Maputo, 25 Jul (AIM) – A afectação de professores sem competências necessárias nas escolas, sobretudo nos centros de formação técnica e nas instituições de ensino superior, contribui para a má qualidade de ensino em Moçambique.
A constatação resulta de um estudo realizado por um grupo especializado na matéria na região centro de Moçambique, actividade que antecedeu a reunião de reflexão nacional sobre a qualidade de ensino em Moçambique que decorre desde segunda-feira (24), na cidade de Maputo, a capital do país.
De acordo com o estudo, a qualidade de ensino em Moçambique é também colocada em causa, entre outras razões, pela falta de certificação dos graduados do ensino técnico e falta de exames nacionais rigorosos para a selecção de candidatos a formação, para além da superlotação das turmas.
A reflexão regional visa, de forma particular, responder a questões ligadas ao estágio actual de educação em Moçambique, com foco sobre os progressos, desafios e ilações apreendidas com as reformas adoptadas no sistema nacional de educação, ao nível da educação formal e informal, e estratégias e caminhos a seguir para o fortalecimento do sistema nacional de educação.
Um estudo semelhante foi realizado na região sul e norte do país.
Para a região norte, uma das causas apontadas para a fraca qualidade de ensino está relacionada com o fraco domínio da língua portuguesa, a nível do ensino básico.
Enquanto para a região sul, o grupo de reflexão aponta a necessidade de haver responsabilização para os professores, actores principais no processo de ensino e aprendizagem, que não produzirem resultados findo um determinado ano académico.
A Conferência Nacional sobre Educação de Qualidade em Moçambique é um evento de três dias e decorre sob o lema: “Por uma Educação de Qualidade, Inclusiva e Equitativa, em Prol do Desenvolvimento Sustentável”.
(AIM)
SC/mz