Maputo, 27 Jul (AIM) – A Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) dispõe de cerca de 100 milhões de dólares norte-americanos para apoiar iniciativas de conservação da biodiversidade em Moçambique, nos próximos sete anos.
A Coordenadora do Programa de Contrabalanços de Biodiversidade da BIOFUND, Denise Nicolau, disse que o montante será usado para o fortalecimento da conservação marinha, terrestre, costeira e aquática.
A informação foi avançada esta quarta-feira (27), em Maputo, na abertura da Conferência de Biodiversidade Marinha.
Nicolau destacou o engajamento do governo na preservação e conservação da biodiversidade através da legislação.
“O governo tem um quadro legal no sector de conservação marinha e políticas marinhas para empresas que desenvolvem actividades na zona marítima”, disse.
Segundo Nicolau, outro problema com o qual o país se debate é a sobreexploração de recursos marinhos praticada pelos pescadores artesanais e industriais.
Para fazer face ao fenómeno, “o país está a avançar com leis e instrumentos legais robustos que permitem e obrigam o sector a cumprir com as metas nacionais de biodiversidade.”
Por seu turno, o director-geral do Instituto Solo Gráfico de Moçambique, António Hoguane, revelou que no ano de 2020 o governo iniciou um programa intensivo de recuperação do mangal.
“Como resultado dessa iniciativa foram restaurados seis mil hectares, extrapolando a meta que era de cinco mil hectares até 2024”, destacou.
Acrescentou que “os avanços na restauração devem-se ao serviço de inspecção levado a cabo pelo Instituto Nacional do Mar que tem feito actividades inspectivas à escala nacional.”
Hoguane referiu que a recuperação de ecossistemas melhorou a vida das comunidades em vários domínios.
“Nas zonas que outrora eram afectadas pela água marinha, o que não permitia o desenvolvimento da agricultura, agora já é possível, pois o mangal previne a expansão da água oceânica para zonas de cultivo”, destacou.
O evento, de dois dias, conta com a colaboração do Ministério do Mar e Águas Interiores, Peace Parks Foundation, entre outros parceiros.
(AIM)
Samuel Nhamurave (SNN)/mz
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