
Rubi extraído da Mina de Rubi, pertencente a Rubi Mining em Montepuez, província de Cabo Delgado. Imagem MRM.
Maputo, 31 Jul (AIM) – O governo moçambicano lançou esta segunda-feira (31), em Maputo, a 5ª Feira Anual de Gemas de Nampula (FAGENA).
O evento terá lugar de 21 a 23 de Setembro próximo, na cidade de Nampula, província com o mesmo nome, no norte do país.
A feira, com o lema “Assegurando a transparência na exploração e valoração das gemas”, visa promover os recursos geológico-mineiros e as geociências e vai contemplar exposição, compra e venda de gemas, metais preciosos e objectos de joalharia.
Além de exposição de produtos, serviços e instrumentos de trabalho na cadeia de aproveitamento de recursos minerais, e de criação de parcerias, divulgação das recentes descobertas científicas relacionadas com ocorrências, o evento vai também exibir a morfologia e génese de gemas e metais preciosos, e promover as formas sustentáveis da extracçao e processamento mineiros.
Falando durante a cerimónia de lançamento do evento, o ministro dos Recursos Minerais e Energia, Carlos Zacarias, mostrou convicção de que a realização da FAGENA reveste-se de importância para o país, uma vez que tem registado um crescimento da actividade geológico-mineira, associado com o alargamento das pesquisas geológicas que culminam com novas ocorrências.
“A FAGENA constitui a principal montra de metais preciosos, semi-preciosos e gemas extraídos e comercializados em Moçambique, onde a província de Nampula, pela sua localização geográfica, destaca-se a nível nacional, como principal centro de comercialização dessa classe de minerais”, disse.
Sublinhou que os produtos a serem exibidos durante os três dias da feira, resultam da mineração artesanal e de pequena escala, o que constitui uma oportunidade para que as comunidades comercializem os seus produtos de forma legal.
“A FAGENA é mais um esforço do governo conducente a formalização da mineração artesanal e de pequena escala, em geral, e em particular, de metais preciosos e semi-preciosos e gemas”, afirmou o governante.
Por seu turno, o director nacional do Museu Nacional de Geologia, Dante Marizane, disse que durante a feira, entidades como a Unidade de Gestão do Processo Kimberley, Metais Preciosos e Gemas (UGPK) estarão presentes para legalizar a venda e compra naquele local.
Sobre a fixação de preços de metais preciosos e gemas durante o evento, Marizane explicou que depende muito do esforço empreendido durante a produção, por isso, “cada um vai fixar o seu preço e é competitivo, mas há um esforço de se trazer preços universais. Neste momento é nos muito difícil dizer que um grama de ouro vai custar tanto”.
Pelo menos 124 minerais foram validados, de um total de 208 listados, em Moçambique, entre os quais rubi, água-marinha, morganite, turmalina, durmortierite, berilo, nióbio, tântano, esmeralda, rubelita, magnetita, quartzo rosa e âgata.
A 1ª edição da FAGENA teve lugar em 2016, mas devido as medidas restritivas impostas pelo governo para travar a propagação da COVID-19 foi interrompida em 2020.
(AIM)
Ac/FF