Chimoio (Moçambique) 01 Ago (AIM) – As autoridades sanitárias anunciaram hoje a morte de pelo menos 16 crianças menores de 15 anos de idade, ocorrida no primeiro semestre do corrente ano, vítimas de desnutrição aguda grave na província central de Manica, em Moçambique.
A cifra representa uma redução em 19 casos quando comparado com igual período de 2022.
Estes números foram divulgados esta terça-feira (01) na cidade de Chimoio, capital provincial, durante o lançamento da semana internacional de aleitamento infantil que, no presente ano, se celebra sob o lema “Permitindo a amamentação: fazendo a diferença para país trabalhadores”.
No mesmo período, as autoridades sanitárias diagnosticaram 2.789 crianças padecendo de desnutrição aguda, contra 3.819 do ano transacto, que corresponde a uma queda de 27 por cento.
Os distritos de Báruè, Chimoio, Mossurize e Gôndola são os que apresentam o maior número de casos de desnutrição aguda grave em crianças menores de 15 anos de idade.
Para assinalar a efeméride, durante a semana serão realizadas várias actividades de consciencialização sobre a importância do leite materno exclusivo para as crianças até mais de seis meses de idade.
A esposa do secretário de Estado na província de Manica, Celsa Dick, disse que a semana também serve para fazer uma reflexão sobre a participação da mulher e da sociedade, em geral, nos cuidados a serem observados para que as crianças cresçam saudáveis.
“A semana internacional de aleitamento é promovida em todo o mundo com o objectivo de estimular a amamentação como melhor fonte de nutrição infantil para a boa saúde da criança. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância indicam que cerca de seis milhões de crianças estão sendo salvas a cada ano devido ao aleitamento exclusivo”, disse Celsa Dick, para quem esta prática pode evitar mortes por desnutrição aguda.
“A amamentação pode evitar 13 por cento das mortes em crianças menores de cinco anos de idade e está comprovada que reduz o risco de desnutrição aguda e crónica a nível mundial. No mundo, apenas 40 por cento das crianças são amamentadas exclusivamente por leite materno até seis meses”.
A esposa do secretário de Estado lembrou que a meta global até 2030 é que pelo menos 70 por cento dos lactentes sejam amamentados até depois de seis meses.
“Por esta razão, a comemoração da semana mundial de aleitamento deve servir para convidar a todos os intervenientes a juntarem-se às acções de fortalecimento das famílias na manutenção de um ambiente favorável à amamentação na vida profissional pós-pandemia” acrescentou Celsa Dick,
“Os números mostram que as mortes por desnutrição aguda grave estão a reduzir em relação aos outros anos. Porém, ainda persistem desafios que passam por declaramos zero óbitos por esta doença”, afirmou.
(AIM)
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