
Médico assiste um doente num hospital em Maputo. Foto arquivo
Maputo, 01 Ago (AIM) – O governo moçambicano está a equacionar contratar pelo menos 60 médicos para colmatar o défice desses profissionais no sector de saúde.
O facto foi avançado pelo porta-voz do Conselho de Ministros, Filimão Suaze, que falava no habitual briefing à imprensa, minutos após o fim da 27ª sessão ordinária daquele órgão de soberania, que teve lugar hoje, em Maputo.
Suaze, que também é vice-ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, afirmou que a contratação dos médicos, já em curso, deverá terminar nos próximos tempos.
Disse que os médicos a ser contratados estão devidamente preparados e inscritos na Ordem dos Médicos de Moçambique (OMM).
“A contratação de 60 médicos moçambicanos está em curso. São médicos devidamente preparados; são médicos moçambicanos, portanto, devidamente inscritos na Ordem dos Médicos, o que quer dizer que estão habilitados”, sublinhou.
Suaze disse que esta é apenas uma das medidas que o Executivo está a tomar, das outras que poderão vir.
A medida surge em resposta a decisão tomada sexta-feira pela Associação Médica de Moçambique (AMM) de prorrogar a greve dos médicos por mais 21 dias, por alegadamente persistem irregularidades no enquadramento destes profissionais na nova Tabela Salarial Única (TSU).
A terceira fase da greve arrancou no dia 10 de Julho corrente, com a paralisação de 21 dias prorrogáveis.
O vice-ministro avisou aos grevistas que eles deverão escolher se pretendem continuar a exercer a sua actividade, ou deixar os seus lugares para que desta “contratação provisória que está a acontecer possamos passar para a contratação definitiva de muitos médicos moçambicanos que vão fazer a sua parte na resolução dos problemas que os muçambicanos estão a enfrentar agora por causa da paralisação [dos medicos]”.
Actualmente, as unidades sanitàrias do país registam um défice no atendimento dos pacientes devido à esta greve.
O governo, segundo o seu porta-voz, conseguiu sanar os quatro pontos de discórdia, faltando apenas um- relativo ao pagamento das horas extras devidas até 2020.
De acordo com Suaze, a esta altura o ponto está acima de 80 por cento de resolução.
(AIM)
Ac/FF