Maputo, 03 Ago (AIM) – Pelo menos 129 pessoas morreram vítimas de acidentes marítimos e ferroviários no período compreendido entre Janeiro e Junho do presente ano, em Moçambique.
Desde número, 76 são o resultado de acidentes marítimos e 53 foram vítimas de acidentes ferroviários.
Sobre os acidentes marítimos, o número de mortes representa uma subida em 49 por cento, ou seja, 25 casos a mais se comparado ao período homólogo de 2022, sendo a província de Inhambane, no sul do país, a que mais casos registou, com um cumulativo de 22 mortes, contra as seis em 2022, uma subida de 267 por cento.
Como ponto positivo, um balanço do Ministério dos Transportes e Comunicações (MTC), referente ao período em referência, aponta as províncias de Cabo Delgado, sem nenhum caso, Nampula e Maputo, com duas mortes, respectivamente.
O Balanço da Sinistralidade nos Transportes indica como causa principal dos acidentes marítimos, a “superlotação e falta de manutenção das embarcações, navegação no período nocturno, falta de acompanhamento de boletins meteorológicos, tripulação sob efeito de álcool (e) falta de habilitação para a tripulação de embarcações”.
Paralelamente ao cenário anterior, no período em análise, as 53 mortes provocadas pelos sinistros ferroviários equivalem a um incremento de 19 casos, em relação a 2022. Neste sector houve o registo de 15 feridos graves, 13 ligeiros e 95 descarrilamentos (menos oito que o período homólogo anterior).
Nos corredores Sul, Centro e Norte, houve ainda 55 atropelamentos ligados a este meio de transporte bem como 25 colisões com veículos.
As causas passam pela “negligência e desobediência nas passagens de nível, falta de manutenção da sinalização, sabotagem de infraestruturas (roubo de balastro, fixadores, aparelho de direcção), a erosão por eventos climáticos (chuvas intensas, ciclones) e o mau estado de linhas em troços não reabilitados”.
Quanto ao meio aéreo foi registado um acidente, dois incidentes graves, oito retornos a pista e três feridos ligeiros.
“O maior desafio neste ramo é garantir maior pontualidade nos voos e reduzir ao mínimo os voos cancelados, retornados e reprogramados, tendo em conta os transtornos que causam aos passageiros. Não obstante, o nível de segurança aérea no país é boa”, vinca o documento.
(AIM)
CC/dt