Maputo, 11 Ago (AIM) – A Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano e a Assembleia Nacional do Quénia, manifestaram hoje a sua vontade de incrementar a cooperação, algo que poderá ser alcançado através da troca de experiências, delegações e outras iniciativas.
A vontade foi expressa pela presidente da AR, Esperança Bias, durante uma audiência que concedeu ao Presidente queniano, William Ruto, que quinta-feira iniciou uma visita oficial de três dias a Moçambique.
No final da visita a AR, ambos dirigentes não prestaram declarações à imprensa. Entretanto, Bias anunciou em comunicado que, nos próximos dias, a Comissão de Defesa, Segurança e Ordem Pública da AR deverá efectuar uma visita de trabalho ao Quénia.
“Esperamos que a visita da Comissão de Defesa, Segurança e Ordem Pública ao Quénia contribua para o reforço das relações parlamentares entre os dois países”, lê-se no documento. O parlamento moçambicano espera receber, igualmente, delegações de parlamentares quenianos.
Bias enalteceu o apoio multifacetado que o Quénia tem prestado a Moçambique desde a luta de libertação nacional e o voto daquele país para a eleição do país como membro Não-Permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Bias também congratulou Ruto pelo seu contributo na mitigação dos impactos negativos das mudanças climáticas que ultimamente, têm afectado com maior incidência os países africanos.
Por seu turno, o Presidente queniano disse que urge consolidar as relações de amizade e cooperação existentes entre os dois países e povos, incluindo no domínio parlamentar.
Ruto exortou aos parlamentares e aos países africanos para a união de esforços, face às mudanças climáticas que assolam o continente.
Ruto pediu ao parlamento moçambicano a ratificar o Tratado de Malabo, relativo ao Parlamento Pan-Africano, para que este tenha poderes legislativos e passe a fiscalizar o desempenho da União Africana.
Ruto também explicou a importância de a AR ratificar a adesão de Moçambique a Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA), pelo seu enorme potencial de estimular as trocas comerciais entre os países do continente.
Segundo o estadista queniano, o incremento das trocas comerciais entre os países africanos vai catapultar as economias africanas, contribuindo para o seu desenvolvimento e, deste modo, concorrer para reduzir a dependência externa.
(AIM)
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