Maputo, 11 Ago (AIM) – O governo moçambicano pretende transformar todo o potencial existente no país em oportunidades concretas e susceptíveis de estimular as trocas comerciais, bem como o investimento privado com o Quénia.
O desejo foi manifestado, esta sexta-feira (11), em Maputo, pelo Presidente da República, durante um Fórum de Negócios Moçambique e Quénia.
O Fórum surge no âmbito da visita de Estado, de três dias, que o Presidente queniano efectua a Moçambique, para o fortalecimento das relações de amizade e cooperação, entre os dois países africanos.
“É sabido que Moçambique é um país rico em recursos naturais, cuja exploração só será possível com investimentos significativos em sectores estratégicos da nossa economia”, disse Nyusi.
Sendo assim, segundo Nyusi, os investimentos devem conduzir à promoção de crescimento económico, impulsionado pelo vigor dos sectores de agricultura, indústria, energia, infra-estruturas e turismo, no qual resulta o desenvolvimento social que se traduz no combate à pobreza.
“Nesta perspectiva, abrimos espaço ao investimento directo nacional e estrangeiro”, assegurou.
Com efeito, Nyusi disse que o investimento estrangeiro deve ter a capacidade de desenvolver o tecido empresarial para a economia local, através da transferência da tecnologia, “know how”, criação de emprego, promoção do comércio internacional e o acesso aos mercados financeiros competitivos.
“Todavia, esse processo tem sido afectado pelos eventos climáticos extremos recorrentes, nomeadamente ciclones tropicais, que têm provocado a destruição da produção agrícola e de infra-estruturas, implicando a deslocação de pessoas e o desvio de fundos do orçamento para outras finalidades”, lamentou.
À esta crise climática, de acordo com o Chefe de Estado moçambicano, acresce o problema do endividamento externo, ainda mais caro, com a actual espiral inflacionista que resultou a subida substancial das taxas de juro em muitos países do mundo.
“Concordamos o debate lançado pelo presidente queniano que sugeriu a criação de um Banco verde, capaz de constituir um mecanismo que preencha o défice de financiamento de trilhões de dólares para parar com a crise climática, sendo financiado por impostos verdes aplicados na economia global”, disse.
Acrescentou que esse processo permitirá libertar mais fundos alocados às mudanças climáticas e reduzir o peso do endividamento dos países em desenvolvimento.
Nessa visita, a primeira que efectua a Moçambique, Ruto faz-se acompanhar de uma delegação, que inclui empresários daquele país da África Oriental.
Durante o Fórum de Negócios, os empresários dos dois países trocaram experiências e oportunidades de negócios, tendo como foco o estabelecimento de parcerias em vários domínios da actividade económica.
(AIM)
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