Maputo, 13 Agosto (AIM )- Representantes do Grupo de Trabalho Regional de Agricultura de Conservação (AC), provenientes de países da África Austral, reúnem-se em Maputo, entre 15 e 17 de Agosto corrente, num diálogo anual para reforçar o conhecimento sobre esta prática na região.
Segundo um comunicado da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, ) adopção da Agricultura de Conservação é vista como crucial para a região pois as previsões do El Niño mostram uma elevada probabilidade de ocorrência de seca na África Austral, um problema que irá influenciar os níveis de produção na época de 2023/24.
“A seca poderá agravar ainda mais a frágil situação de segurança alimentar e nutricional em alguns países”, adverte a FAO.
Recorda que a declaração CAADP-Malabo (2014) dos Chefes de Estado africanos reconheceu a necessidade de se aumentar a resiliência climática dos pequenos agricultores, estabelecendo uma meta de 25 milhões de hectares sobre práticas resilientes ao clima até ao ano de 2025.
“Para este efeito, a Agricultura de Conservação (CA), que é um ponto de entrada comprovado, tem sido promovida para a expansão da adopção das Práticas Agrícolas Sensíveis ao Clima”, afirma a nota.
Refere que o papel da Agricultura de Conservação na mitigação do estresse hídrico das culturas no campo é crítico em situações de seca, no entanto, a sua adopção pelos pequenos agricultores na sub-região continua baixa.
O documento aponta que vários factores, tais como a compreensão inadequada do conceito, o défice na formação de agentes de extensão e dos agricultores, a falta de equipamentos e factores de produção apropriados, bem como a fraca integração da produção de Agricultura de Conservação em cadeias de valor, influenciam negativamente a sua expansão.
“Nesse sentido, o Grupo de Trabalho Regional de Agricultura de Conservação (CARWG) e outros actores relevantes irão, em Maputo, partilhar experiências, conhecimentos, melhores práticas e inovações com base científica para aumentar a produção, produtividade e resiliência climática.
O diálogo é organizado pela FAO, em coordenação com o Governo de Moçambique e a Agência Norueguesa de Cooperação para o Desenvolvimento (Norad), através do sub-programa regional ‘’Fortalecimento, Coordenação, Ampliação e Governação da Agricultura de Conservação na África Austral (SUCASA)”.
(AIM)
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