
Ministro dos recursos Minerais e Energia, carlos zacarias. Foto de Santos Vilanculos
Maputo, 17 Ago (AIM) – As autoridades moçambicanas estão a finalizar as negociações com os dois consórcios que venceram o sexto concurso internacional para a pesquisa e produção de hidrocarbonetos, faltando a aprovação e assinatura dos respetivos contratos, disse o executivo.
“As negociações estão praticamente no fim e, no máximo, até finais deste ano, os contratos serão apresentados ao Governo, para que os possa aprovar, para que as operações possam iniciar”, disse o ministro dos Recursos Minerais e Energia, Carlos Zacarias, que falava aos jornalistas à margem do oitavo Conselho Coordenador do Ministério dos Recursos Minerais e Energia, que encerrou quarta-feira (16) na cidade de Lichinga, província do Niassa, norte de Moçambique.
O sexto concurso para a pesquisa e produção de hidrocarbonetos foi ganho pelos consórcios liderados pelas empresas italiana Eni e chinesa CNOOC.
Segundo a Lusa, o ministro dos Recursos Minerais e Energia avançou que o Governo vai estudar a possibilidade de lançar mais concursos internacionais para a pesquisa e prospeção de hidrocarbonetos, tendo em conta o potencial energético do país.
O aproveitamento dos recursos energéticos de que Moçambique dispõe torna-se mais pertinente ainda, dado o “período de transição energética” que o mundo vive, prosseguiu.
Moçambique tem três projectos de desenvolvimento aprovados para exploração das reservas de gás natural da bacia do Rovuma, classificadas entre as maiores do mundo, ao largo da costa de Cabo Delgado, no norte do país.
Dois desses projectos têm maior dimensão e preveem canalizar o gás do fundo do mar para terra, arrefecendo-o numa fábrica para o exportar por via marítima em estado líquido.
Um é liderado pela TotalEnergies (consórcio da Área 1) e as obras avançaram até à suspensão por tempo indeterminado, após o ataque armado a Palma, em Março de 2021, altura em que a energética francesa declarou que só retomaria os trabalhos quando a zona fosse segura.
O outro é o investimento ainda sem anúncio à vista liderado pela ExxonMobil e Eni (consórcio da Área 4).
Um terceiro projecto concluído e de menor dimensão pertence também ao consórcio da Área 4 e consiste numa plataforma flutuante de captação e processamento de gás para exportação, directamente no mar, que arrancou em Novembro de 2022.
(AIM)
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