
IV sessão do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
Maputo, 18 Ago (AIM) – Cerca de 3,15 milhões de pessoas, equivalente a 10 por cento da população moçambicana, está em situação de insegurança alimentar aguda, anunciou hoje, em Maputo, a secretária-executiva do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutrição (SETSAN), Leonor Mondlane.
A situação é mais preocupante na província de Cabo Delgado, região norte, onde cerca de 25 por cento poderá ser afectada, advertiu Mondlane, falando a imprensa a margem do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, e que foi dirigido pelo Primeiro-ministro, Adriano Maleiane.
Aliás, disse Mondlane, cerca de 400 mil pessoas encontram-se em situação extremamente crítica, necessitando de assistência humanitária.
“Deste grupo de 3,15 milhões temos cerca de 400 mil pessoas que precisam de assistência humanitária e as restantes precisam de assistência para o desenvolvimento para poderem recuperar sua capacidade produtiva. É nessa sequência, que foram distribuídos kits de insumos para que as famílias recuperem a sua capacidade produtiva”, disse.
Para o efeito, já foram entregues 120 mil kits de insumos agrícolas e vários kits de insumos pesqueiros para que as famílias afectadas pelas inundações para permitir que os cidadãos afectados possam recuperar a sua capacidade produtiva.
Segundo a fonte, o governo conta com o apoio do Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD) e parceiros, incluindo o Programa Mundial de Alimentação (PMA), Programa Nacional de Nutrição Escolar, uma iniciativa do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), entre outros.
No país a maior parte dos cidadãos em situação de insegurança alimentar está concentrada em Cabo Delgado, pois as restantes províncias estão numa situação “mais ou menos equilibrada”.
“Os dados que ainda usamos são de avaliação de segurança alimentar pós-colheita”, esclareceu a fonte.
Este ano será lançado o Relatório Pós-choque, actualmente na fase de desenvolvimento. O documento vai apresentar os principais choques que ocorreram no país, particularmente inundações e ciclones que impactaram as vidas de várias centenas de famílias moçambicanas.
(AIM)
CC/sg