
Maputo, 18 Ago (AIM)- O sector da Educação em Moçambique aposta no reforço do efectivo de professores para o subsistema secundário, como forma de responder aos desafios impostos pela implementação da Lei do Sistema Nacional de Educação, aprovada em 2018.
Segundo a ministra da Educação e Desenvolvimento o Humano (MINEDH), Carmelita Namashulua, as alterações contidas na lei levaram o pelouro a identificar docentes que estando a trabalhar no nível primário têm perfil para lecionar certas disciplinas do secundário.
Aliás, o presente ano é tido como sendo crucial para a transformação curricular em curso, à luz da Lei nº 18/2018, de 28 de Dezembro, que tem como principais novidades a introdução da 7.ª classe no nível secundário e a adopção da monodocência na 6ª.
“Esta situação trouxe desafios para os professores, que passaram a leccionar seis disciplinas, contra as anteriores três. Mas a natureza da sua formação conforta-nos, pois estão preparados para superar estas barreiras”, disse Namashulua, citada hoje pelo “Notícias”.
Referiu ainda que para a materialização dos ditames da Lei do SNE o sector continuará a trabalhar para prover educadores de qualidade a todos os níveis do subsistema da educação geral, particularmente no secundário.
Ao avaliar o desempenho do sector de 2022 a Junho de 2023, a governante afirmou que houve crescimento assinalável do número de matriculados para mais de 9,1 milhões, contra os 8,8 milhões no ano transacto.
Contudo, o indicador relativo ao rácio professor-alunos no ensino primário continua preocupante, por ter subido de 62,3 para 64, portanto, acima da meta de 61 fixada para este ano.
Avançou que o objectivo da contratação de 5155 professores foi cumprido.
“Apesar das realizações, os desafios são enormes, considerando que muitas crianças ainda estão fora do sistema escolar, conforme dados do Instituto Nacional de Estatística. Ao mesmo tempo, as taxas de desperdício escolar reflectidas nas desistências e reprovações ainda são elevadas”, apontou.
(AIM)
FF