Maputo, 21 Ago (AIM) – Pelo menos 210 pessoas morreram em Moçambique, no primeiro semestre do presente ano, vítimas de malária, cifra que representa um aumento de 22 por cento comparativamente a igual período de 2022.
As províncias mais afectadas pela doença destacam-se Zambézia e Sofala, na região centro do país e Nampula, no norte.
“Em Moçambique no primeiro semestre do presente ano, nós registamos um aumento de óbitos na ordem de 22 por cento se comparado a igual período do ano passado”, disse hoje (21) em Maputo, o director do Programa Nacional de Controlo da Malária (PNCM), Baltazar Candrinho.
“Registamos cerca de 7,2 milhões de casos de malária comparado com 6,8 milhões no mesmo período do ano passado”, disse a fonte que falava durante as cerimonias alusivas ao Dia Mundial do Mosquito que se assinalou no domingo (20).
A subida do número de casos pode ser justificada, segundo a fonte, pela ocorrência de desastres naturais de que o país é vítima nos últimos tempos, bem como a fraca distribuição de material de protecção.
Referiu que a tendência crescente do número de casos de malária também está associada a outros factores, citando como exemplo o facto de muitas famílias terem recebido redes mosquiteiras há mais de dois ou três anos.
Por isso, anunciou que as autoridades sanitárias já estão a trabalhar na reposição dos materiais de protecção contra a picada do mosquito, particularmente redes mosquiteira.
A referida campanha “vai começar na próxima semana nas províncias de Manica, Tete e Sofala”.
Referiu que a distribuição de redes mosquiteiras já foi concluída em algumas províncias e o processo vai terminar na província de Gaza e Inhambane, sul do país.
“Para o combate a malária existem vários métodos, entre os quais se destacam o controlo do mosquito, distribuição da rede mosquiteira, pulverização intradomiciliária e quimioprevenção sazonal.
A quimioprevenção está a ser introduzida em Nampula e consiste em administrar os medicamentos a um grupo específico para prevenir a malária.
(AIM)
CC/sg