Maputo, 23 de Ago (AIM) – O Presidente da República, Filipe Nyusi, considera a luta de libertação nacional, que levou o país à independência, como um acto de cultura e que foi motivada pela consciência de que a cultura era, e ainda é, o bem mais precioso dos moçambicanos.
Por isso, segundo o Chefe de Estado, o resgate das tradições moçambicanas é um imperativo nacional, como forma de alargar as oportunidades de expressão, entendimento nacional e coesão social.
“A razão fundamental da nossa luta de libertação nacional foi assumir que a cultura era o bem mais precioso dos moçambicanos e algo inalienável e que se impunha resgatar a todo custo”, disse.
Nyusi falava hoje (23), no Município da Matola, província meridional de Maputo, na abertura oficial do XI Festival Nacional da Cultura, que decorre sob o lema: “Cultura, a Força que Une a Nação Rumo ao Desenvolvimento”.
Na ocasião, Nyusi referiu que, no âmbito da promoção da cultura, nos últimos anos, foram realizadas mais de duas mil acções de capacitação e de formação de fazedores e operadores culturais e criativos em matérias de gestão e marketing de negócios criativos.
“A nível do quadro institucional e regulatório, destacamos a revisão do quadro jurídico-legal do sector cultural, com vista a protecção dos direitos do autor, proteção dos direitos do autor e direitos conexos nas áreas de arte, literatura, ciências e outras formas de conhecimento e criação artística”, disse.
Como forma de maior flexibilidade e robustez ao funcionamento do sector cultural, segundo Nyusi, foi introduzida a lei dos direitos do autor e direitos conexos, para além da aprovação do regulamento de espetáculos e divertimento público.
Disse, também, que a defesa da cultura é um acto que acrescenta profundamente o peso da defesa nacional, acrescentado que “efectivamente, a cultura revela-se hoje, mais do eu nunca, indispensável na promoção do bem-estar social e na promoção do desenvolvimento sustentável das comunidades”.
“A cultura é um dos pilares do desenvolvimento das nações, devendo fazer parte de todas as políticas de governação, assumindo o seu carácter transversal”, sublinhou.
Aliás, para Nyusi, o Festival Nacional da Cultura que arrancou hoje é uma plataforma, por excelência, de diálogo com a cultura, onde convergem, entre outras, diversas formas de vestir.
A XI edição do Festival Nacional da Cultura é um evento que decorre de 23 a 27 de agosto, e que marca o reinício depois de interrupção havida desde a realização do X festival, em 2018.
O evento contou, para além da presença do Presidente da República, diversas delegações estrangeiras, entre elas a delegação da Indonésia, representada pelo respectivo presidente, Joko Widodo, que visita Moçambique desde a última terça-feira (22).
(AIM)
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