Maputo, 23 Ago (AIM)- O governo moçambicano aventa a possibilidade de concessionar a Estrada Nacional Número Sete (N7) a privados, como forma de garantir a manutenção de rotina no troço de aproximadamente 500 quilómetros da rodovia que liga o distrito de Vandúzi, na província central de Manica, e Zóbue, na central de Tete, na fronteira com o Malawi.
O ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, que visitou recentemente parte da rodovia, afirmou ser preocupante o actual estado do piso da via, com buracos em quase toda a sua extensão.
Segundo Mesquita, citado hoje pelo “Notícias”, a N7 é de vital importância, pois dinamiza e catapulta a economia da província e é uma importante ligação para os países do hinterland, que a usam para ter acesso ao Porto da Beira, no centro do país, daí a urgência da reabilitação visando proporcionar melhor comodidade aos automobilistas.
Carlos Mesquita assegurou que enquanto se discute a mobilização de fundos visando a intervenção de vulto em toda a extensão da rodovia os empreiteiros mobilizados vão intervindo nos locais mais críticos.
“Temos vindo a discutir com os parceiros para ver se conseguimos fundos para fazer uma intervenção em toda a extensão da N7 e outras estradas do país, como a N1 [a principal rodovia do país], sendo que algumas serão posteriormente concessionadas à gestão privada”, disse Mesquita.
Neste momento, o governo, através da Administração Nacional de Estradas (ANE), está a aplicar mais de mil milhões de meticais (15,651,388.54 dólares norte-americanos, ao câmbio do dia) para a reabilitação de emergência e manutenção periódica de 151 quilómetros, entre Catandica, em Manica, e Changara, em Tete.
Os trabalhos incluem o tapamento de buracos, estabilização da base, revestimento superficial duplo e manutenção de rotina.
Carlos Mesquita, que visitou alguns troços onde decorrem os trabalhos no pretérito fim-de-semana, assegurou que as obras serão concluídas até o primeiro semestre de 2024.
Disse que para além da N7 estão a ser intervencionados, igualmente, outros troços que se encontram degradados, nomeadamente Inchope-Caia, numa extensão de cerca de 320 quilómetros, Chimuara-Nicoadala (300km), Mocuba-Milange (188km) e Changara-Zóbuè (258km).
“Tomando em conta as condições económicas do país, não poderíamos estar mais do que satisfeitos com o impacto directo das intervenções em curso na economia e no desenvolvimento social, o que traz algum conforto para a população que vive nas zonas por onde passamos com os trabalhos, pois garantimos emprego e geração de receitas para a economia local”, disse.
Segundo Carlos Mesquita, a reabilitação de emergência e manutenção periódica em curso nas estradas nacionais fazem parte dos objectivos definidos pelo sector das Obras Publicas para o quinquénio.
De acordo com ele, as rodovias são a espinha dorsal para a dinamização da economia do país, daí que o Governo mobilizou fundos para a reabilitação e manutenção de rotina visando permitir a boa circulação de pessoas e bens.
Os camionistas, transportadores semi-colectivos de passageiros e outros que circulam na N7 congratulam a iniciativa do Governo por estar a reabilitar a estrada pois, para além de danificar os meios, levavam mais tempo no trajecto devido à sua degradação acentuada.
(AIM)
FF