
Bebé recém-nascido. Foto arquivo
Maputo, 24 Ago (AIM) – A taxa de mortalidade neonatal, ou seja em crianças menores de 28 dias, reduziu quase pela metade em Moçambique, ao cair de 54 óbitos por mil nados vivos em 1997, para 24 no presente ano, revela o Inquérito Demográfico e de Saúde (IDS) 2022-2023.
O documento foi elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em colaboração com o Ministério da Saúde (MISAU) e o Instituto Nacional de Saúde (INS) no período compreendido entre Julho de 2022 e Fevereiro de 2023.
O vice-ministro da Saúde (MISAU), Ilesh Jani, explicou, durante a divulgação dos “Indicadores-Chave” do IDS, um evento que teve lugar hoje (24), em Maputo, que pretende-se com o IDS medir os indicadores da saúde materno-infantil, nutrição, empoderamento da mulher, prevalência de malária, entre outros tópicos demográficos e de saúde.
“O inquérito visa ainda medir os indicadores representativos a nível nacional, provincial e por área de residência (urbana e rural), sobre a fecundidade, o planeamento familiar, a mortalidade adulta, materna e infantil”, acrescentou
Os dados apresentados pela fonte revelam que, no mesmo período, o país também registou uma redução significativa no número de mortes em crianças.
“A taxa de mortalidade infantil (em crianças menores de um ano) reduziu de 135 óbitos por 1,000 nados vivos em 1997 para 39 óbitos por 1,000 nados vivos no presente IDS”, disse.
A mesma tendência verifica-se com a taxa de mortalidade infanto-juvenil, isto é, em crianças com idade inferior a 5 anos, que reduziu de 201 para 60 por 1,000 nados vivos.
O IDS de Moçambique 2022-2023 é compilado através de uma amostra nacional, com base nos agregados familiares, cujo grupo-alvo são homens e mulheres de 15 a 49 anos e crianças menores de cinco anos.
Explicou que têm sido efectuados ajustes à metodologia do inquérito para recolher informação relevante para os novos desafios e problemas de Saúde Pública como a incorporação do teste da qualidade de água consumida pela população.
“Esta inovação revela-se de elevada importância estratégica, sobretudo no contexto dos esforços nacionais para prevenir e combater as doenças de origem hídrica, incluindo as diarreias e a cólera”, explicou.
Os indicadores-chave do IDS 2022-2023 relevam também que uma mulher em Moçambique tem uma média de cinco filhos ao longo da vida reprodutiva, sendo que em áreas rurais a média é de cerca de seis filhos, em comparação com as áreas urbanas onde a média é de cerca quatro filhos.
“Estamos certos de que com o presente IDS o país passa a dispor de um instrumento de orientação estratégica para a saúde e áreas afins”, concluiu.
(AIM)
SNN/sg