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Nyusi discursa na abertura da 58ª Edição da FACIM
Marracuene (Moçambique), 28 Ago (AIM) – A Agência para a Promoção de Investimento e Exportações recebeu mais de 123 projectos de investimento, orçados em 1,7 mil milhões de dólares, no primeiro semestre do corrente ano.
Segundo o Presidente da República, Filipe Nyusi, estes investimentos deverão criar mais de nove mil postos de emprego.
“Importa, outrossim, realçar que, sem ignorar a complexidade de que se reveste esta conjuntura internacional, temos expectativa de maior vigor de crescimento, com a protecção do mercado continental, decorrente da adesão de Moçambique ao acordo da Zona de Comércio Livre Continental”, disse.
Nyusi anunciou o facto na tarde de hoje, em Ricatla, distrito de Marracuene, província de Maputo, durante a abertura da 58ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM), que decorre sob o lema: “Industrialização: Inovação e diversificação da economia nacional”.
Referiu que a FACIM é uma fotografia que evidencia que a economia moçambicana é plenamente viável e pronta para colocar o seu potencial na economia regional, continental e global.
Destacou como oportunidades disponíveis em Moçambique, um capital humano jovem, extensas terras para agricultura com bacias hidrográficas e lagos que também enriquecem a matriz energética diversificada, reservas comprovadas de gás natural, minerais e outros recursos susceptíveis de transformação industrial, a par de uma costa extensa.
Por isso, ciente do elevado potencial de desenvolvimento que o país possui, o governo Moçambique tem vindo a promover e a incentivar a atracção de investimentos privados nacionais e estrangeiros.
Portanto, este evento, proporcionará aos expositores e visitantes a oportunidade de interacção, através de seminários temáticos e reuniões no formato B2B, G2B, com o objectivo de promover oportunidades de comércio e investimento e o estabelecimento de parcerias empresariais.
Nyusi apontou as projecções que indicam um abrandamento da economia global para três por cento, sendo 1,5 por cento nas economias avançadas e quatro por cento nas economias emergentes e em desenvolvimento.
No entanto, disse Nyusi, prevê-se um crescimento médio em 3,5 por cento ao nível da SADC contra 4,1 por cento, registado para 2022 e um crescimento de cinco por cento da economia moçambicana, num cenário em que se apresentam várias adversidades.
Como desafios, Nyusi arrolou a persistência da inflação, alta de taxas de juros no mercado internacional, colocando restrições no acesso ao financiamento externo e a redução do espaço fiscal na maioria dos países.
“Esta realidade contribui para retardar os investimentos públicos em infra-estruturas, o que tem induzido um efeito contrário no crescimento económico”.
Contudo, nesta dinâmica, em Moçambique observa-se uma subida do PIB de 4,17 por cento, no primeiro trimestre do ano corrente, impulsionado, em grande parte, pelo sector extractivo, o sector da agricultura e a recuperação expressiva do sector de lazer, turismo e transportes no período pós-COVID-19.
Referiu que o sector económico, que inclui os promotores e facilitadores, precisa de melhorar o seu ambiente de negócios e este compromisso não depende de um único sector.
Nyusi lançou um apelo ao combate a incidência de suborno e corrupção, de modo a garantir a disponibilidade de um mercado dimensionado e evitar a falta de segurança.
“Vamos simplificar os procedimentos, encurtar o tempo de trocas entre as empresas, vamos reduzir os custos das propriedades e melhorar a qualidade da Administração fundiária, isto é, mais credibilidade, transparência, cobertura, resolução de disputas e igualdade de direitos de propriedade”, concluiu.
Participam na presente edição 2.500 expositores, dos quais 2.050 nacionais e 450 estrangeiros, provenientes de 25 países.
(AIM)
SC/sg