Maputo, 29 Ago (AIM) – A Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) reduziu a sua dívida em cerca de 61,6 milhões de dólares, revelou hoje em Maputo o gestor de projectos de reestruturação da companhia de bandeira nacional, Sérgio Matos.
Segundo a fonte, a baixa deriva de várias acções que estão a ser implementadas pela nova gestora da companhia de bandeira a Fly Modern Ark (FMA).
“Isso é decorrente de lançamentos correctos de transacções em conformidade com as Normas Internacionais de Contabilidade. As Práticas Contabilísticas Geralmente Aceitáveis (GAAP) e Directrizes Contabilísticas do Tesouro Nacional, reduzem ainda mais a posição de endividamento”, disse.
Nos últimos três meses foi efectuada uma redução calculada em cerca de 14,3 milhões, somados aos anteriores 47,3 milhões anunciados a 29 de Maio totalizam a redução da dívida em 61,6 milhões de dólares.
“A LAM é agora tecnicamente solvente”, sublinhou Matos.
O gestor diz que a FMA está agora a trabalhar para recuperar e encaminhar aos cofres da LAM uma quantia superior aos 20 milhões de dólares ligados a compra de uma aeronave.
“Estão a decorrer negociações com a Boeing para o reembolso de 23 milhões de dólares, valor este que a LAM fez adiantamento que era para a compra de Boeings no passado mas que depois não aconteceu e estamos agora em negociações para reavermos esse valor, e quando este valor for reembolsado reduzirá ainda mais a dívida”.
Num outro desenvolvimento, a LAM estabeleceu novas rotas incluindo Maputo-Lusaka, reintroduziu a rota Vilankulos-Johanesburgo e Beira-Joanesburgo.
A LAM também restabeleceu as rotas interprovinciais a partir da cidade da Beira que permite “os passageiros que querem ir a Cabo Delgado, Nampula […] poderem sair a partir da beira para as províncias da zona centro e norte”, o resultado desta linha pode definir a criação ou não de uma linha semelhante que parte de Nampula para outros pontos do país.
Foram ainda introduzidas na frota actual das LAM mais três aeronaves.
“Quando a Fly Modern Ark entrou a LAM tinha sete aeronaves e apenas cinco estavam em pleno funcionamento e agora houve incremento de mais três e todas elas estão em funcionamento o que significa que temos dez aeronaves em pleno funcionamento”.
Trata-se de duas aeronaves do tipo CRJ900 e uma Embraer 145.
(AIM)
CC/SG