Maputo, 30 Ago. (AIM) – O Presidente da República, Filipe Nyusi, desafia o novo ministro do Interior, Pascoal Ronda, a melhorar as estratégias de combate ao terrorismo e crime organizado, sobretudo raptos e sequestros em Moçambique.
Segundo o Chefe de Estado, o novo titular da pasta do Interior assume o cargo num momento em que o sector se debate com vários desafios, em particular dar seguimento ao compromisso assumido em 2015.
O referido compromisso inclui a formação constante das Forças de Defesa e Segurança (FDS), resgate de seus valores e o combate à criminalidade para o bem dos cidadãos nacionais e estrangeiros.
“Caro Ministro do Interior, porque queremos ser coerentes com o que dissemos em 2015, o que hoje fazemos e queremos pela frente, voltamos a exigir a observância dos mesmos valores, que são humanismo, humildade, transparência e tolerância”, disse.
Acrescentou que o recém-empossado “deverá permanecer sempre do lado do cidadão e do lado do polícia, que é a razão de existência do Ministério do Interior, vivendo o seu dia-a-dia, os seus problemas, mas também celebrando com ele os sucessos, que não são poucos”.
“O combate ao terrorismo e extremismo violento, crime organizado incluindo raptos e sequestros, combate aos crimes de branqueamento de capitais, cibernéticos e ambientais, operacionalização e modernização do SERNIC [Serviço Nacional de Investigação Criminal] e combate sem trégua contra sinistralidade rodoviária”, são outros desafios arrolados pelo Chefe de Estado.
Para a materialização destes desafios, disse Nyusi, é fulcral terminar o processo de concepção do Plano Estratégico do Ministério do Interior, onde se deverá esclarecer a visão de desenvolvimento e modernização institucional.
Na ocasião, também agradeceu a ministra cessante Arsénia Massingue pelos feitos que alcançou durante o seu trabalho.
Já o recém-empossado assumiu, num breve contacto com a imprensa, o compromisso de continuar com o trabalho já iniciado na “pasta do Interior”.
“Estou habituado a intervir, sou treinado, formado, preparado e por onde eu passei nunca tive medo, só tivemos resultados acima da média e aqui vamos trabalhar, vamos aprimorar e vamos impulsionar todo o trabalho que já foi iniciado com base num plano que já existe”, disse.
“Compete a nós como Ministério do Interior implementar as linhas estabelecidas no campo de formação e no campo de prevenção e combate ao crime organizado e transnacional, terrorismo e não só”, vincou.
Disse que a corrupção no sector deve ser combatido “sem tréguas” pois é “imperdoável” e que no decorrer do trabalho, acrescentou, vai avaliar o desempenho dos funcionários para tomar as medidas que se mostrarem necessárias para o alcance dos objectivos centrais.
O novo timoneiro do Ministério do Interior concluiu sublinhando que vai lutar com mais vigor contra o terrorismo, raptos e sequestros no país.
“Podem esperar o aprimoramento para avançarmos com mais força. O terrorismo é um fenómeno que existe e que preocupa não só Moçambique mas vários países e se circunscreve na complexidade global do fenómeno. Por isso, todos os Estados são chamados a uma nova reflexão na definição das políticas do Estado perante o fenómeno, o conceito requer uma inovação”, anotou.
Ronda sucede a Arsénia Massingue, que assumiu o cargo durante um período de um ano e nove meses.
(AIM)
CC/sg