Maputo, 31 Ago (AIM) – Os postos de fronteira terrestre moçambicanos de Calomuè, Zóbuè, Cassacatiza e Milange, com Malawi e Zâmbia, nas províncias centrais de Tete e Zambézia, e Ponta D’Ouro, em Maputo, sul do país, junto da África do Sul, vão à reabilitação, no quadro do projecto de facilitação do comércio e conectividade na África Austral.
A iniciativa é financiada pelo Banco Mundial, no valor de 230 milhões de dólares norte-americanos, em apoio a Moçambique e Malawi na melhoria da coordenação regional do comércio, através da redução dos custos e tempo das transacções, desenvolvimento de cadeias de valor regionais e melhoramento do acesso à infra-estrutura.
Segundo o “Notícias”, a informação foi avançada, quarta-feira (30), em Marracuene, pelo coordenador do projecto, Benjamin Kerchan, num seminário que discutiu o Fundo Catalítico como alavanca para a industrialização do Vale do Zambeze, no centro do país, no quadro da 58ª edição da Feira Internacional de Maputo(FACIM).
Neste contexto, o financiamento vai facilitar as ligações comerciais, combinando a modernização e o estabelecimento de postos fronteiriços de paragem única, investimento em tecnologias de informação e comunicação, melhoria de estradas, reformas relacionadas com o comércio e medidas de apoio à cadeia de valor.
Segundo Benjamin Kerchan, a iniciativa tem potencial para catapultar a integração regional e crescimento mais inclusivo.
Espera-se ainda que a iniciativa aumente a eficiência, reduza os custos comerciais e ajude Moçambique e Malawi a obterem benefícios líquidos estimados em mais de 900 milhões de dólares norte-americanos.
Explicou que a expectativa é que o programa contribua para baixar os custos de transporte e de logística de comércio e, desta forma, florescer o negócio e crescimento económico dos países envolvidos.
“O aumento da eficiência dos corredores de transporte reduzirá os custos de bens como combustíveis e fertilizantes que beneficiam, principalmente, pessoas necessitadas”, afiançou Kerchan.
Reforçou que a revitalização dos corredores tem potencial para transformar a trajectória económica de mais de 40 milhões de pessoas, através do aumento da produtividade, fiabilidade e aprimoramento de qualidade mediante uma abordagem integrada da cadeia de valor, trabalhando com os produtores utentes.
(AIM)
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