Marracuene (Moçambique), 31 Ago (AIM) – Pelo menos 3,400 viaturas, incluindo pesados e ligeiros, que circulam na região Metropolitana do Grande Maputo, são movidas a Gás Natural Veicular (GNV) segundo o director da Autogas, João das Neves.
A Autogas é a empresa vocacionada a massificação do uso de GNV em Moçambique. A empresa opera maioritariamente na região do Grande Maputo, descrita pelo director da empresa como sendo uma localização estratégica, pois alberga cerca de 63 por cento do parque automóvel do país e, por isso, é onde estão instalados os postos de abastecimento.
“Neste momento, estão a circular cerca de 3.400 viaturas movidas a gás natural na cidade de Maputo, que é onde estão os postos de abastecimento”, disse Das Neves hoje, em Ricatla, província de Maputo, num painel de alto nível sobre a Massificação do Uso do Gás Natural Veicular em Moçambique, inserido no decurso do quarto dia na Feira Internacional de Maputo (FACIM).
Acrescentou que, a julgar pelas iniciativas levadas a cabo ao nível da região e na vizinha República sul-africana, há perspectivas de a frota de carros movidos a gás vir a aumentar.
Como forma de expandir e massificar o gás veicular, decorrem trabalhos para a instalação de três postos de abastecimentos, dois nas cidades de Vilankulo e Maxixe, ambos na província de Inhambane, e outro na província de Gaza, bem como o reforço da capacidade dos postos já existentes.
“Estamos também a alargar os centros de conversão. Vamos colocar um centro de conversão em Vilankulo [na província de Inhambane] e um posto em Chitimbane [na província de Gaza] e há outras iniciativas, incluído em Maputo, onde vamos alargar os centros de conversão”, explicou.
Quanto aos custos de conversão, um dos principais entraves que condiciona a massificação do uso do GNV, a fonte refere que a empresa tem diversos pacotes com vista a facilitar quem queira converter, incluindo a possibilidade de conversão da viatura sem pagamento, mas que a posterior possa, o requerente, pagar através de poupanças.
O custo actual de conversão é de 80 mil meticais (cerca de 1.200 dólares) para uma viatura ligeira e em 120 mil (cerca de 2.000 dólares) para viaturas min-bus que são um dos principais meios de transporte semi-coletivo de passageiro na região do Grande Maputo.
A empresa entende ainda que com um apoio ou incentivo do governo será possível alcançar as metas de massificar o uso de GNV que, aliás, representa uma redução considerável de custos em combustível, para além de reduzir a poluição ambiental, bem como uma grande poupança de divisas.
Informações oficiais do governo indicam que Moçambique gasta anualmente mais de um bilião de dólares na importação de combustíveis.
(AIM)
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