Maputo, 01 Set (AIM) – Moçambique quer colher experiência do Gana em matérias de defesa e segurança, sobretudo na manutenção e consolidação da paz, revelou hoje o Presidente da República, Filipe Nyusi.
Segundo o estadista, Moçambique tem um interesse particular na criação de Conselho de Paz, um instrumento que junta todos os segmentos da sociedade com a finalidade última de evitar a eclosão de eventuais conflitos.
“Há uma experiência que o Gana tem que funcionar como um Conselho de Paz, não porque há um conflito mas porque é preciso evitar que o conflito surja”, disse Nyusi, em conferência de imprensa conjunta havida hoje (01), em Maputo, com o seu homólogo do Gana, Nana Akufo-Addo, que quinta-feira (31) iniciou uma visita de Estado, de três dias, a Moçambique.
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Explicou que o referido Conselho tem a particularidade de integrar políticos, bem como elementos de todos os segmentos da sociedade civil porque a paz é feita por todos que são da sociedade. “Então, este grupo vai trabalhar para evitar conflitos e isso reduz atritos nos diferentes momentos”, acrescentou.
Nyusi defende igualmente a capitalização da formação e a busca de experiência no combate à pirataria marítima, área em que o Gana detém uma grande experiência.
É, aliás, nesta asserção que ambos países assinaram hoje quatro acordos de cooperação para consultas políticas e diplomáticas, desenvolvimento autárquico, pescas e aquacultura, e o último acordo sobre geologia e minas.
O Chefe de Estado disse ter conversado com Addo para cooperar na área social, visto que este país da África ocidental é exemplo de boa governação.
“O Gana tem sido uma boa referência, nas boas formas, democracia e combate à corrupção. A transparência é uma batalha que está a ser bem sucedida no Gana e nós vamos trabalhar para ver o que se pode fazer em conjunto,. Nós ficamos interessados também no combate ao analfabetismo”, disse Nyusi.
“Na área económica, a conversa fluiu em torno da agricultura, recursos minerais, energia, gás, porque são áreas que eles têm experiência e que nós também podemos dar nossa experiência e podemos produzir juntos também na área das trocas comerciais”, referiu.
Ambos estadistas também passaram em revistas temas como saúde, ambiente e desporto, boxe em particular.
(AIM)
CC/sg