
Secretário permanente do MISAU, Ivan Manhiça, Discursa na 21a cerimônia da comemoração do dia 31 de Agosto, dia da medicina tradicional Africana. Foto de Santos Vilanculos
Maputo, 31 Ago (AIM) – Pelo menos 6.447 pacientes padecendo das mais distintas doenças, sobretudo trombose e obesidade, foram atendidas com uso de técnicas da medicina tradicional nas unidades sanitárias públicas distribuídas pelo país.
Trata-se, essencialmente, de técnicas como massagens, meditação, acupuntura, fitoterapia, entre outras, que, para além das unidades sanitárias do Estado, são, nos últimos tempos, muito procuradas pelas iniciativas privadas para o alívio de várias enfermidades.
Falando hoje, em Maputo, durante as cerimónias centrais de comemoração do Dia da Medicina Tradicional Africana, o Secretário Permanente do Ministério da Saúde, Ivan Manhiça, disse que as técnicas têm dado um contributo promissor para o sector da saúde.
“ As técnicas são muito procuradas e têm contribuição muito promissora. A Medicina Tradicional sempre foi fonte de informação e tratamento para a saúde das pessoas e das famílias nas comunidades”, disse.
“Apesar desses avanços, precisamos continuar a capacitar mais praticantes de Medicina Tradicional e Alternativa, a fim de os dotar de maior e melhor capacidade e conhecimento na identificação de sinais de perigo de saúde”, acrescentou.
Em 2022, foram treinados e capacitados, em todo o país, 34.376 praticantes de Medicina Tradicional para Cuidados Primários de Saúde, principalmente a tuberculose, o HIV, a malária e outras doenças comuns nas comunidades.
Foram também integrados 351 praticantes de medicina tradicional em comités de saúde e comités de co-gestão.
Por sua vez, a médica-chefe da Cidade de Maputo, Vanda Zitha, discursando em representação do Secretário de Estado para a Cidade capital, defendeu que a união das duas medicinas traz diversos benefícios, razão pela qual a sua urbe tem estado a trabalhar na formação dos profissionais.
“A Cidade de Maputo tem envidado esforços tendentes a extensão de formações em cuidados de saúde primários aos praticantes de Medicina Tradicional, e outros actores da comunidade, o que tem contribuído bastante na melhoria da saúde da população”, referiu.
“Temos beneficiado dos resultados crescentes da colaboração entre as duas Medicinas”, apontou.
Actualmente, só na capital do país, existem cerca de 450 praticantes de medicina tradicional activos que trabalham em colaboração com as unidades sanitárias e 184 parteiras tradicionais que ajudam na promoção do parto seguro, com vista a reduzir o rácio de mortalidade materna e neonatal.
As técnicas de Medicina Tradicional Chinesa nos Serviços Nacionais de Saúde foram introduzidas em 1975 no Hospital Central de Maputo (HCM) e, em 2016, foram expandidas para todas as unidades sanitárias do país, até ao nível primário, com a formação de 300 profissionais de saúde, na sua maioria técnicos de fisioterapia.
(AIM)
CC/dt