
Presidente mocambicano, Filipe Nyusi
Maputo, 01 Set (AIM) – O Presidente da República, Filipe Nyusi, adverte a todos os cidadãos e ao mundo inteiro que a morte de um indivíduo não significa o fim do terrorismo em Moçambique.
Nyusi proferiu estas declarações em conferência de imprensa conjunta havida hoje (01), em Maputo, com o seu homólogo do Gana, Nana Akufo-Addo, que quinta-feira iniciou uma visita de Estado, de três dias, a Moçambique.
O estadista moçambicano referia-se a morte, em combate no Teatro Operacional Norte (TON), ocorrida semana a 22 de Agosto último, do líder terrorista, Bonomade Machude Omar, mais conhecido por Ibn Omar, juntamente com outros dois principais elementos da liderança do grupo.
Bonomade Omar era um dos maiores assassinos do grupo radical islâmico que opera em alguns distritos a norte da província de Cabo Delgado, norte do país.
“O terrorismo não é alguém.; não é uma pessoa, não é cabecilha. Por isso, não se pode pensar que morrendo um já morreram todas as pessoas (terroristas) e quando morre um acabou o terrorismo”, disse Nyusi, quando questionado se a morte de destacados terroristas, ocorridos nos últimos tempos, significaria que o regresso da multinacional petrolífera francesa, TotalEnergies, estaria prestes a se concretizar.
Nyusi aproveitou a oportunidade para explicar que quando a TotalEnergies decidiu suspender temporariamente as suas operações, por motivo de segurança, não foi por causa de Bonomade Omar.
“Eles saíram por causa do terrorismo, que nós continuamos a combater”, disse.
“A mensagem principal que podemos deixar é que os moçambicanos e parceiros […] continuaremos a lutar contra o terrorismo não só em Moçambique, mas também de onde vem e para onde vai para vermos se esse mal termina de uma vez para sempre”, acrescentou.
Desde Outubro de 2017 que alguns distritos a norte de Cabo Delgado são vítimas de ataques terroristas perpetrados por grupos extremistas e que já causaram a morte de mais de três mil pessoas e forçaram perto de um milhão a procurar refúgio em locais mais seguros, desencadeando uma crise humanitária.
Entretanto, nos últimos dois anos as Forças de Defesa e Segurança, apoiadas pela Missão Militar da SADC para Moçambique (SAMIM) e um contingente das Forças de Defesa do Ruanda, conseguiram recuperar as regiões que se encontravam sob o controlo dos terroristas e repor a autoridade do Estado.
(AIM)
sg