Edifício sede do banco de Moçambique na Cidade de Maputo. Foto de Santos Vilanculos
Quelimane (Moçambique), 31 Ago (AIM) – O Banco de Moçambique (BM) reconhece o papel do jornalista moçambicano na massificação da educação financeira no país, contribuindo para o reforço da consciencialização da sociedade para tomada de decisões sobre investimentos domésticos, consumo, poupança, recebimento de financiamento entre outras medidas conducentes a estabilidade financeira.
O posicionamento neste sentido foi expresso esta quinta-feira, em Quelimane, pelo director da Filial do BM na Zambézia, Fernando Magueza, no termo do seminário para jornalistas de diversos órgãos de comunicação social baseados naquele ponto do país.
O evento decorre no contexto do programa “economia para todos, lançado em 2020, com o objectivo de munir o cidadão de conhecimentos básicos sobre o papel do BM na economia e o impacto da sua actuação a nível individual na sociedade como um todo.”
Explicou que que “a capacitação de jornalistas é uma aposta do banco de Moçambique e visa materializar um dos seus grandes desafios da sua estratégia de comunicação, que é garantir uma maior aproximação à media e contribuir, desta feita, para o surgimento de um jornalismo económico formado e informado, recorrendo a exemplos práticos do quotidiano, dada a complexidade intrínseca a determinadas matérias”.
Segundo Magueza, no caso particular de jornalistas, estas matérias assumem uma relevância acrescida, “na medida em que são amplificadores de mensagens para a sociedade.”
Para que essa mensagem alcance ao público mais amplo sem distorções, de acordo com a fonte, os profissionais de comunicação social devem estar munidos de conhecimentos que lhes permitam interpretar correctamente as decisões do Banco Central e, deste modo, contribuir para aumento da eficácia da política monetária, para manter a inflação baixa e estável.
O seminário, de dois dias, centrou-se nas temáticas sobre política monetária e os principais indicadores económicos e sua interpretação.
Evento similar decorreu nas províncias de Gaza (Sul) e Tete (centro do país).
Na ocasião, o secretário do Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ), na Zambézia, Hamilton António, felicitou o BM por contemplar os profissionais da comunicação social no ciclo de capacitações em curso no país.
“Testemunhamos nesta sala momentos de verdadeira interacção que permitiu que os colegas aprendessem um pouco mais sobre um tema que é de crucial importância para a vida dos cidadãos”, afirmou.
Reconheceu que os jornalistas, no exercício das suas funções, produzem reportagens ligadas a assuntos económicos e muitas vezes sem a devida preparação e, “com esta formação, quero acreditar que saem melhor preparados para interpretar e escrever com autoridade aspectos ligados à economia.”
“Para se ser um bom jornalista é necessário que o profissional domine diversas áreas de conhecimento e é nesta ordem de ideia que julgamos que estão agregados valores para uma plena actuação em temáticas sobre educação financeira.
Estima-se que estejam a trabalhar na Zambézia 200 jornalistas, dos quais 50 beneficiaram-se da indução sobre estabilidade financeira.
(AIM)
Lopes Obadias (colaboração)/dt
