
Nairobi (Quénia), 04 Set (AIM) – O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, chega hoje a Nairobi, a capital do Quénia, onde vai tomar parte na Cimeira Africana do Clima 2023, um evento considerado de vital importância, no âmbito da procura de medidas urgentes para mitigar os efeitos das alterações climáticas.
A cimeira vai decorrer terça-feira sob o lema: “Impulsionando o Crescimento Verde e Soluções de Financiamento Climático para África e o mundo” e junta os Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), bem como agências das Nações Unidas, representantes da sociedade civil e do sector privado.
Em paralelo à esta primeira Cimeira Africana do Clima 2023, promovida pelo presidente queniano, William Ruto, e co-organizada com a Comissão da UA, decorre na Semana Africana do Clima 2023.
Trata-se de uma iniciativa cujo objectivo é identificar soluções sustentáveis face ao aumento da exposição às alterações climáticas e aos custos associados, tanto a nível global, quanto em África, em particular.
A chegada do Chefe de Estado moçambicano está prevista para as 19:50 horas locais (18:50h em Maputo), de acordo com programa preliminar distribuído à imprensa que cobre a participação de Nyusi na cimeira.
O documento refere que o Presidente Nyusi fará uma intervenção durante a sessão de abertura, outra na Sessão de Anúncio sobre Mercados de Carbono em África, que se realizam no período da manhã, e também uma outra durante o Debate sob lema “Abrindo o Potencial da Economia Azul Regenerativa em África e Além”, isto num dos painéis que decorrerão à tarde.
Na véspera desta cimeira, a Organização Internacional de Migração (OIM), que se juntará ao evento, recordou que os países africanos estão entre os mais vulneráveis às alterações climáticas, “sofrendo os duros impactos da crise climática, incluindo secas, inundações, temperaturas extremas e aumento dos níveis do mar”.
Segundo a OIM, só no ano passado, mais de 7,5 milhões de africanos tiveram de fugir de suas casas devido a desastres internos.
Por isso, a organização adverte que “sem uma acção climática eficiente e sustentada até 105 milhões de pessoas podem ser migrantes internos até final do ano, só em África.”
Nesta perspectiva, por exemplo, Moçambique é dos países africanos que mais sofre dos efeitos dos fenómenos climáticos extremos, nomeadamente ciclones, cheias, inundações, entre outros.
O Chefe de Estado moçambicano poderá mencionar estes aspectos nas suas intervenções durante a sessão de abertura e nos painéis que tomará parte.
A participação de Nyusi nesta cimeira acontece há pouco mais de um ano após a sua nomeação como Campeão de Gestão de Risco de Desastres ao nível do continente, pelo Presidente em exercício da Comissão União Africana.
A nomeação do Estadista foi é em reconhecimento aos seus esforços de luta contra os impactos dos desastres naturais, sobretudo pela forma como Moçambique está institucionalmente organizado para lidar com fenómenos naturais extremos.
A Cimeira Africana do Clima, que conta, também, com um forte envolvimento do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), será um marco fundamental rumo à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas ou Conferência das Partes da UNFCCC, (COP28), que se realiza nos Emirados Árabes Unidos, em Dezembro próximo.
Durante a Semana Africana do Clima serão realizados eventos paralelos, incluindo exposições sobre o tema.
(AIM)
dt/mz