
Maputo, 04 Set (AIM) – Cerca de 60 milhões de toneladas de produtos diversos foram comercializados nos últimos três anos em Moçambique.
O ministro da Indústria e Comércio (MIC), Silvino Moreno, disse que esta cifra equivale a 70.1 por cento da realização planificada pela instituição que dirige para o quinquénio 2020-2024.
“[A cifra é] resultado do aumento da produção e produtividade com a implementação do programa SUSTENTA, maior abrangência do fundo rotativo da comercialização agrícola (FRCA), maior absorção da matéria-prima local pelas indústrias nacionais e do aumento da capacidade de armazenamento”, disse.
“Com o fundo rotativo para a comercialização agrícola e a linha de crédito especial de apoio à comercialização agrícola (LCCA) foram financiadas 1.146 operações, no valor global de 389,131 mil meticais (6,091,831,805.11 dólares norte-americanos, ao câmbio do dia), do qual 76 por cento foi para actividades de comercialização agrícola e 24 por cento de agro-processamento”, acrescentou Moreno, falando hoje no XXI Conselho Coordenador do seu ministério que está a decorrer em Marracuene, na província meridional de Maputo.
Disse que actualmente o Ministério da Indústria e Comércio está a trabalhar com enfoque no agro-processamento, pois esta área permite um maior aproveitamento dos produtos agrários e a longo prazo auxilia na redução da desnutrição no país.
Num outro desenvolvimento, disse que a balança comercial de Moçambique é agora “deficitária e a estrutura de exportações menos diversificada”. Apesar disso, o governante assegura haver possibilidade de reverter o cenário.
“O nosso país, pela sua localização geográfica e seu potencial produtivo, tem condições para inverter a nossa balança comercial que actualmente regista um défice na ordem de 50 por cento em média, orientando a nossa produção industrial e o comércio para os mercados preferenciais negociados e com facilidades a nível da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral), União Europeia, Reino Unido, Ásia, África, China, India e outros países”, referiu.
“Os programas do Ministério da Indústria e Comércio são voltados para remover as restrições do lado da oferta, aumentar a capacidade produtiva e aumentar a competitividade da indústria moçambicana nos mercados interno, regional e internacional”, concluiu.
A XXI sessão do Conselho Coordenador decorre no ano eleito pela União Africana como o ano dedicado a industrialização do continente, e também ano em que Moçambique procedeu o depósito dos instrumentos de ratificação para a Zona de Comércio Livre do Continente (ZCLC).
(AIM)
CC/FF