
Maputo, 04 Set (AIM)- A reestruturação e relançamento da Companhia do Búzi, na província de Sofala, centro de Moçambique, poderá custar cerca de 25 milhões de meticais (391,945.20 dólares norte-americanos) na sua primeira fase, que tem como meta explorar a totalidade dos 22 mil hectares disponíveis para a produção de arroz e cana-de-açúcar.
A ideia dos accionistas, de nacionalidade moçambicana, é fazer da empresa uma referência do agro-negócio na região do Vale do Zambeze.
Para a materialização desta visão, foram identificadas varias áreas, nomeadamente o cultivo de cereais e oleaginosas, além da cana-de-açúcar como matéria-prima para a produção do álcool e electricidade.
O projecto inclui igualmente a produção de rações, criação de animais, fornecimento de insumos, prestação de serviços de mecanização agrícola, formação, incubação de negócios e gestão de regadios.
Segundo o “Notícias”, a informação foi avançada por Lúcio Sumbana, representante da Companhia do Búzi, na 58.ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM), que domingo (03) encerrou.
Explicou que, no âmbito do programa de reestruturação, foram já identificados 20 produtores para receberem treinamento, fora dos mais de 150 agricultores com os quais a empresa está actualmente a trabalhar no regadio.
Referiu que a reabilitação já iniciou, tendo sido trabalhados mais ou menos 1.500 hectares.
Está previsto para Outubro o arranque da produção de arroz.
De acordo com Lúcio Sumbana, o programa de relançamento inclui também o saneamento financeiro, reestruturação do pessoal e resolução de alguns aspectos legais.
Fundada há mais de 100 anos, a Companhia do Búzi passou por múltiplas transformações ligadas à história do país. Já foi motor do desenvolvimento do distrito do Búzi, através do seu envolvimento no cultivo e processamento da cana-de-açúcar e do algodão.
O abandono da empresa pelos seus proprietários, em 1975, e o conflito dos 16 anos levaram à paralisação das suas actividades.
(AIM)
FF