Nairobi (Quénia), 05 Set (AIM) – O governo moçambicano espera que a Cimeira Africana do Clima 2023, que se realiza em Nairobi, capital do Quénia, traga resultados tangíveis, concretos e mensuráveis.
O desejo foi manifestado esta terça-feira pela Ministra da Terra e Ambiente, Ivete Maibaze, que integra a delegação do Presidente da República, Filipe Nyusi, neste evento, durante o qual os lideres procurarão identificar soluções sustentáveis face ao aumento da exposição às alterações climáticas e aos custos associados, tanto a nível global, quanto em África, em particular.
A Cimeira junta chefes de Estado e de Governo africanos, agências das Nações Unidas, sociedade civil e representantes do sector privado.
O Presidente moçambicano desembarcou no aeroporto local no final da noite de segunda-feira proveniente de Harare, onde tomou parte na cerimónia de investidura do seu homólogo zimbabweano, Emmerson Mnangagwa.
A Cimeira Africana do Clima 2023 é um evento organizado pelo governo do Quénia, em coordenação com a Comissão da União Africana (CUA), em que se espera a tomada de uma posição comum do continente, como um bloco, para a Conferência Sobre o Clima, a ter lugar em Dezembro, nos Emirados Árabes Unidos.
“É por conta disso que a presidência desta cimeira, neste caso o Quénia, em coordenação com todos os Estados membros, decidiu a adoptar a Declaração de Nairobi”, disse Maibaze, falando a jornalistas nacionais que cobrem a participação do presidente moçambicano no evento.
Disse acreditar que a Declaração de Nairobi é um instrumento que vai ser aprovado “e esperamos que seja por unanimidade.”
“Nós nos espelhamos nesta declaração e, depois, no fim desta cimeira, este instrumento vai ser operacionalizado através de uma matriz, com acções concretas e vai definir responsabilidades, o orçamento concreto, quais são as necessidades que o continente precisa e que vai precisar”, explicou.
Reconheceu os desafios que o mundo tem estado a atravessar por conta da falta de mobilização de recursos para fazer a implementação de instrumentos adoptados pelos países para fazer face ao impacto das mudanças climáticas.
Mas, “por África ser menos poluidor, decidiu adoptar essa declaração”, que vai a debate nesta primeira Cimeira Africana do Clima.
A Cimeira decorre sob o lema: “Impulsionando o Crescimento Verde e Soluções de Financiamento Climático para África e o mundo”.
Em paralelo a esta primeira Cimeira Africana do Clima, decorre a Semana Africana do Clima 2023.
(AIM)
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