Maputo, 03 Set (AIM)- O volume de importações e exportações através do Porto da Beira, no centro de Moçambique, vai aumentar com a entrada em funcionamento, esta semana, da nova linha de navegação, que liga a Europa, China e os países do interland, na África Austral.
O director de operações da Cornelder de Moçambique, concessionária daquela infra-estrutura portuária, disse que a capacidade de manuseamento de mercadoria vai duplicar e espera-se um aumento de oportunidades de negócios.
Miguel de Jenga explicou que a nova linha de navegação tem, numa primeira fase, frequência semanal, movimentando entre 250 a 300 contentores.
“Teremos já a chegada dos navios com maior regularidade. Estamos a trabalhar agora com cinco, passamos para seis; significa que o porto irá-se tornar ainda mais competitivo. Como sabem, agora estamos num bom ritmo a partir do Zimbabwe”, revelou.
Segundo a Rádio Moçambique, De Jenga disse que o porto da Beira ainda tem margem para crescimento. “Temos ainda a capacidade de podermos aumentar a nossa quota de mercado na Zâmbia e na República Democrática do Congo”, ilucidou.
Em Agosto, os especialistas internacionais em logística da Unifeeder adicionaram o Porto de Beira ao seu serviço Moçambique-Índia-Jebel Ali para impulsionar o comércio e a conectividade. A nova rede transporta contentores numa viagem de ida e volta de Maputo, Jebel Ali (Dubai), Mundra (Índia), Nhava Sheva (Índia), Mombaça (Quénia), Beira e volta a Maputo.
No seu comunicado, a Unifeeder sublinha que Beira é um porto estratégico, desempenhando um papel crucial na ligação dos países do interland, como Zimbabwe, Zâmbia e Malawi, ao comércio global. Acrescenta que “a sua localização estratégica e infra-estrutura eficiente tornam-no um centro-chave para o comércio na região.
Na quinta-feira, a Cornelder de Moçambique anunciou que está a introduzir, a partir de Outubro, um novo sistema de gestão para melhorar o manuseamento de contentores refrigerados, conhecidos como “reefers”, no terminal de contentores.
Parte disso envolverá a instalação de 300 tampões frigoríficos, conhecidos como “reefer plugs”.
Luís Rodriguez, Chefe do Terminal de Contentores, explicou que “com o sistema Reefer Runner, podemos monitorar os frigoríficos remotamente. Isto é crucial à medida que o número de frigoríficos cresce de forma constante”.
A instalação deste sistema abrange dois armazéns alfandegados, uma área de armazenamento de mercadorias perigosas marítimas internacionais (IMDG) e um sistema de gestão informatizado Navis N4 de última geração.
(AIM)
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