
Libreville, 06 Set (AIM) – A Comunidade Económica dos Estados da África Central (ECCAS), anunciou a suspensão do Gabão do bloco regional.
A suspensão surge depois da investidura, ocorrida segunda-feira, do general Brice Oligui Nguema, líder do movimento militar que derrubou o presidente eleito Ali Bongo.
Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, presidente da Guiné Equatorial, que presidiu reunião que culminou com a suspensão do Gabão, expressou a sua preocupação com o impacto que o golpe poderá ter na manutenção da paz, segurança e estabilidade regional.
Mbasogo, agora com 81 anos, está no poder na Guiné Equatorial desde 1979.
Em seu discurso inaugural, Nguema prometeu realizar eleições livres, transparentes e confiáveis, fornecer amnistia para alguns prisioneiros, criar condições para o retorno dos exilados no país e devolver o poder aos civis.
Sem especificar a data das eleições, Nguema declarou que havia solicitado a participação de todos no país para elaborar uma nova constituição, que será adoptada por meio de um referendo que vai incluir novos códigos eleitorais, democráticos que respeitam os direitos humanos.
Segundo o portal Africanews, Nguema, anunciou igualmente a nomeação de um governo de transição dentro de dias que será composto por pessoas experientes.
A família Bongo governou o país produtor de petróleo por quase meio século. Bongo sucedeu seu pai, Omar, que morreu em 2009. Sua reeleição, em 2016, foi marcada por alegações de fraude e protestos violentos.
A suspensão do Gabão da ECCAS serve como um marco significativo na região, lançando luz sobre os desafios em curso em torno da liderança, governação e estabilidade na África Central.
(AIM)
Africanews/ZT