Chimoio (Moçambique) 07 Set (AIM)- O secretário de Estado na província de Manica, centro de Moçambique, Dick Kassotche, reafirmou que o dia 7 de Setembro deve servir para uma reflexão profunda sobre a necessidade de se preservar a paz e a consolidação da Independência Nacional, conquistada através do derramamento de sangue dos moçambicanos.
Os 49 anos dos acordos de Lusaka, rubricados na Zâmbia, em 1974 marcaram o fim de uma luta de libertação que durou 10 anos contra a dominação colonial portuguesa.
O acto abriu caminho para a constituição de um governo de transição até a proclamação da Independência nacional assinalada no dia 25 de Junho de 1975.
Dick Kassotche lembrou que o 7 de setembro não poder ser uma simples datas, mas sim momento em que cada moçambicanos deve reflectir sobre os ganhos alcançados durante quase cinco décadas após a assinatura dos acordos de Lusaka.
“A unidade nacional é fundamental para o progresso de Moçambique. Há onda de tribalismo e outros pensamentos que minam o desenvolvimento de Mocambique. Hoje, precisamos de reencarnar o espírito de união para que as diferenças não seja obstáculo ao nosso desenvolvimento. O 7 de Setembro inspira-nos para que sintamos verdadeiramente a moçambicanidade”, afirmou.
Kassotche falava está quinta – feira (07) na praça do heróis moçambicanos, na cidade de Chimoio, capital provincial de Manica, tendo na ocasião, sublinhado que é só com a Unidade Nacional e o espírito de perdão “que podemos ter uma nação próspera”.
“A luta contra o terrorismo exige de nós acções enérgicas para vencermos esse mal. Preocupa-nos ver homens, mulheres e crianças desalojados e infra-estruturas destruídas por conta das acções maléficas dos terroristas. A defesa da pátria é fundamental porque é a melhor forma de valorizarmos o esforço dos nossos irmãos que, muito cedo, hipotecaram as suas vidas para a conquista da Independência nacional’, sublinhou.
“A preservação da paz é crucial no processo de construção de um país. Esta data chama-nos à uma reflexão profunda sobre o que é que queremos de Moçambique hoje e amanhã, tal como os nossos irmãos sonharam com uma nação livre e independente da dominação colonial que durou quase 500 anos”, sublinhou.
Destacou ser apenas com o trabalho que os moçambicanos podem valorizar “esse esforço dos filhos desta pátria que, dentro do sacrifício, lutaram em busca da sua própria identidade e dignidade como moçambicanos”.
O dia 7 de Setembro foi marcado por um desfile pelas artérias da cidade de Chimoio e a deposição de coroa de flores na praça do Herois Moçambicanos.
Discursos de ocasião, actividades culturais e a condecoração de 259 combatentes com a medalha de Veterano de Luta de Libertação Nacional marcaram a passagem da data, caracterizada por um ambiente de verdadeira festa.
(AIM)
Nestor Magado (NM)/FF
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