Maputo, 06 Set (AIM) – A Federação Moçambicana dos Empreiteiros de Construção Civil acusa o governo de favorecer empresas chinesas em concursos públicos para empreitadas de obras públicas.
Segundo o presidente da federação, Bento Machaila, citado terça-feira pela Rádio Internacional Francesa (RFI), existe um “cartel na área da construção”, que cria privilégios para as empresas chinesas, deixando para trás as empresas moçambicanas.
“Os chineses estão a criar um cartel na área da construção, criam empresas cujos proprietários são os mesmos, definem os preços (dez empresas têm preços quase idênticos e isso é para influenciar a avaliação). Se a obra não vai para A, vai para B. Se não vai para B, vai para C. Estamos monitorando isso e o Estado não está vendo. Estão a ser dados empregos a empresas chinesas e muitas delas nem sequer têm licenças”, protestou Machaila.
“Como federação, pensamos que o Estado deveria abandonar isto porque a adjudicação directa de contratos está a ser abusada com argumentos que não são válidos. O que está a acontecer é que a adjudicação directa está a beneficiar uma camada muito pequena de empreiteiros”, afirmou.
Manifestou também preocupação com a dívida do Estado para com a comunidade empresarial, especialmente para com as pequenas e médias empresas.
(AIM)
Ad/FF