
Comissão Política e chefe da brigada central da Frelimo de assistência à província de Manica, Esperança Bias
Maputo, 06 Set (AIM) – A presidente da Assembleia da República (AR), Esperança Bias, decidiu criar uma Comissão de Inquérito Interna para averiguar a veracidade de informações veiculadas por um jornal sobre a existência de práticas desviantes no parlamento moçambicano e Secretariado Geral.
Um comunicado de imprensa da AR enviado hoje à Redacção da AIM refere que a Comissão de Inquérito deverá apresentar o relatório das constatações num período de 10 dias contados a partir de terça-feira (05).
Informações veiculadas na última edição do referido jornal indicam a existência de queixas há mais de três anos relacionadas com a gestão interna, e que apontam o dedo acusador a Comissão Permanente da AR, órgão máximo no intervalo das sessões plenárias e o Secretariado Geral.
Segundo o jornal, a crise interna que assola a AR é multifacetada e vai desde a alegada má gestão a indícios de corrupção no uso do dinheiro do erário público. “Há pouco mais de um mês, passou uma reportagem num dos canais televisivos nacionais, dando conta das dificuldades da AR em assegurar a fiscalização das actividades do Executivo, devido a problemas financeiros”.
Lê-se ainda que “curiosamente, depois da referida reportagem, por ordem da direcção da Assembleia da República, foram criadas condições para que os deputados realizassem as actividades de fiscalização. Este facto é curioso, na medida em que, por um lado, associa-se à aparente crise financeira a uma eventual retaliação do Presidente da República à atitude dos deputados em relação ao dossier 3° mandato, que, lembre-se, constitucionalmente já está fora do alcance”.
O jornal prossegue reportando a existência de “informação segundo a qual a AR tem dívidas incomportáveis com todos os provedores, com destaque para a dívida com as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) que, segundo se apurou, ronda os 70 milhões de meticais”.
Sobre a dívida da AR junto a LAM, o jornal continua, indagando, “sabendo-se que as actividades da AR são anualmente inscritas no orçamento da instituição, como é que a Magna Casa contraiu a dívida, se as suas actividades estavam inscritas nos seus planos orçamentados?”.
O comunicado da AR escreve que, além da criação da Comissão de Inquérito Interna, Esperança Bias também solicitou a intervenção da Procuradoria-Geral da República.
(AIM)
Ac/sg