Maputo, 10 Set (AIM) – O Governo moçambicano promove, esta segunda=-feira, em Maputo, a primeira reunião de preparação do país para a sua participação na 28ª Conferência das Partes da Convenção -Quadro das Nações Unidas sobre o Clima (COP28), evento a decorrer de 30 de Novembro a 12 de Dezembro do ano em curso em Dubai, Emirados árabes Unidos.
A reunião de preparação será dirigida pela Ministra da Terra e Ambiente, Ivete Maibaze, segundo uma nota de imprensa enviada hoje à AIM.
“O objectivo da reunião é partilhar a informação sobre as áreas de interesse, ouvir dos intervenientes, preocupações e propostas de assuntos a serem incorporados na agenda de trabalho da delegação que vai representar o país no maior evento do clima no mundo”, indica o documento.
Explica que, na ocasião, a Ministra vai fazer uma abordagem sobre o papel da “Declaração de Nairobi” para a África e sobre os progressos que o país alcançou, no que diz respeito à regulação do seu mercado de carbono, incluindo as suas ambições enquanto Estado soberano.
“O encontro de um dia junta quadros dos Ministérios da Terra e Ambiente, Recursos Minerais e Energia, Transportes e Comunicações, Agricultura e Desenvolvimento Rural, Indústria e Comércio, Parceiros de Cooperação, Representantes do Sector Privado, Organizações Não-Governamentais, Organizações da Sociedade Civil entre outras entidades”.
A reunião de preparação da COP28 tem lugar há sensivelmente uma semana após a primeira Cimeira Africana do Clima, que decorreu na capital queniana, Nairobi, e teve como foco a concertação de ideias para a tomada de uma posição comum naquele evento das Nações Unidas.
A delegação moçambicana na cimeira de Naiorobi foi liderada pelo Chefe de Estado, Filipe Nyusi, que fez duas intervenções, em torno das mudanças climáticas e da economia azul.
Neste evento, os líderes africanos adpptaram a Declaração de Nairobi, um instrumento orientador dos países africanos em matéria de mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, que afectam, profundamente, o continente.
Na Declaração de Nairobi, os líderes africanos se comprometem a investir 30 bilhões de dólares americanos por ano até 2030 para suprir a lacuna de financiamento em segurança hídrica. Eles instam, ainda, à comunidade internacional para que honre o compromisso de aplicar 100 bilhões de dólares por ano em financiamento climático.
A Declaração destaca que a África está aquecendo mais rápido que o resto do mundo, o que pode causar abalos no crescimento e no bem-estar dos países. Além disso, as cidades africanas estão crescendo rapidamente e vão abrigar um bilhão de pessoas até 2050, aumentando a possibilidade de se tornarem focos de desastres.
O documento reitera o pedido para que líderes globais enxerguem a descarbonização da economia como “oportunidade para contribuir com a equidade e prosperidade compartilhada.”
(AIM)
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