
Maputo, 12 Set (AIM) – As autoridades sanitárias a nível da capital moçambicana Maputo garantem que está tudo a postos para o arranque da 9ª ronda da campanha de imunização contra a poliomielite selvagem tipo I, um exercício que vai decorrer no período compreendido entre 13 a 17 de Setembro corrente.
A campanha visa conter a propagação do vírus da pólio em crianças de zero a 15 anos, grupo mais vulnerável a contrair a doença. A campanha terá como pontos de referência os estabelecimentos de ensino, infantários, orfanatos e outros locais com um grande aglomerado de pessoas.
“Esperamos imunizar 673.142 crianças e adolescentes. As equipas já estão preparadas e organizadas nos sete distritos municipais e, para o efeito, contamos com 939 equipas. Cada uma é composta por três pessoas nomeadamente: um mobilizador, um registador e um vacinador que vão fazer esta actividade em vários locais”, explicou a directora de Saúde, no Conselho Municipal de Maputo (CMM), Bélia Chirinda, à AIM.
Bélia Chirinda referiu que para garantir a cobertura do grupo alvo, a campanha inclui vacinação porta-a-porta e postos fixos.
“Além disso irão em locais onde nós sabemos que tem este grupo alvo nomeadamente infantários, centros infantis e também nas escolas primárias, secundárias, igrejas, mercados, mesmo machambas que nós sabemos que, eventualmente, poderemos encontrar o nosso grupo alvo”, disse.
A fonte explica que a vacinação contempla igualmente as crianças que foram vacinadas nas rondas anteriores.
“Esta é uma campanha que visa abranger todas as crianças com menos de 15 anos de idade. Nunca é tarde para fazer esta vacinação. Os que, por algum motivo, não conseguiram apanhar a vacina nas rondas anteriores deverão fazer este reforço sem nenhum problema”, avançou.
Refira-se que a campanha de vacina contra a cólera também terá lugar em todo o país no mesmo período para garantir uma maior eficácia.
A pólio ou paralisia infantil é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que se aloja no intestino, podendo infectar crianças e adultos por meio do contacto directo com fezes ou secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas.
A vacinação é a única forma eficaz de prevenção e, segundo as autoridades, todas as crianças devem ser imunizadas conforme o calendário de vacinação de rotina e nas campanhas, independentemente de já terem cumprido as doses anteriores, com vista a reforçar a sua imunidade.
O surto desta doença eclodiu no vizinho Malawi em 2022.
(AIM)
Fernanda da Gama (FG) /sg